domingo, 25 de dezembro de 2011

Alien Storm - um game fodástico de 8 e 16 bits

Dos mesmos criadores de Altered Beast (o jogo mais difícil do universo conhecido), Golden Axe (aventura medieval que entrou na minha vida antes do D&D), Shinobi e Cyber Shinobi (joguinho do ninja que pulava a cerca, lembra?), a SEGA em 1990 trouxe para o universo do beat'em up Alien Storm, um dos jogos mais fantásticos dos 16-bits, que também teve uma versão para 8 bits (Master System). E dessa  vez o Velho Noob te dá de presente a minha resenha sobre esse jogaço que fez da minha infância um lugar mais divertido. Veremos também as diferenças entre as versões de Arcade que foi onde o jogo nasceu, e as versões para Mega Drive e Master System.
Bom, eu sempre gostei mais dos games da SEGA que os da Nintendo porque os da SEGA sempre apresentavam temas mais "adultos" e visual mais sombrio, muitas vezes politicamente incorretos (coisa que hoje seria mais difícil de fazer com essa maldita moralidade que está regendo as artes. E dane-se o que se diga, VIDEOGAME pode sim ser arte e muitos jogos o são). 

abertura do Master System e do Mega Drive,
bastante parecida
O Enredo

Garth, Karen e Scooter possuem uma barraquinha de lanches na cidade ("qual cidade" não faz diferença), apenas uma fachada para ganhar uns trocados, porque quando surge uma ameaça, é a hora de vestir os uniformes e encarnar os Alien Busters, caçadores profissionais de alienígenas. Eu confesso que essa é uma profissão bacanuda do car***** e é bem melhor que a minha (sou professor de editoração gráfica e web designe, e comediante Stand Up nas horas vagas).
Os aliens estão desovando larvas nos alimentos (Deus salve a ingenuidado dos anos 80-90) e alguns moradores da cidade foram infectados e acabaram tornando-se aliens também. Parece um roteiro idiota pra você? Pra mim também. Mas quantas horas voce passou jogando Counter Strike? E cadê a porcaria do roteiro?
Voltando à matança de aliens:
Cientistas resolvem aproveitar uma invasão alienígena para fazer experiências com o cérebro dos alienígenas capturados, com isso o trio de caçadores de aliens unem as forças para invadir o laboratório, destruir tudo e botar um fim em toda essa ameaça. Claro, nada pode ser mais perigoso que experiências com cérebros alienígenas.
Acredito piamente que alguém na Sega bebia usava ácido naquela época.
O jogo é duro, difícil e com uma modalidade avançada de dificuldade. Definitivamente não é um jogo para jogatinas casuais. É o tipo de jogo que é melhor ter a intenção de derrotá-lo ou ele vai fazer voce piar baixinho.
No Arcade o game era mais fodão. Tinha gráficos fodões e chutava a bunda de muitos beat n up's da época. como Street of Rage, por exemplo. Sei lá, nunca gostei de Street of Rage, apesar de ter jogado bastante. Minha experiência com Alien Storm foi primeiramente no Master System, e só depois fui conhecer as outras versões. O engraçado é que a versão 8 bits era um port, já que o game foi lançado inicialmente para 16 bits. Coisa comum na época, vide Mortal Kombat e a aberração antinatural chamada Moonwalker.
A versão para Mega e Arcade naturalmente ficaram mais incríveis e dinâmicas, com gráficos mais bem trabalhados e uma engine mais funcional, com controles menos duros. Além de uma personagem à mais, a garota Karen, que não existia no Master System. Coisa escrota da época, era mutilar os games para fazer os ports funcionarem com as limitações do console inferior. Foi assim com o citado Mortal Kombat também. Mas não é só isso: A versão Master contou com um acréscimo de 200% de dificuldade.
No mais, estava tudo lá: A música fodástica 9que foi magistralmente reproduzida, mesmo no 8 bits. Era empolgante demais ligar o velho Master e me deparar com aquela tela bizonha do olhinho se contorcendo. E até hoje acho foda a trilha da primeira fase (essa mostrada na demo do jogo).



Os Controles


Eu sofri muito com as limitações desses
dois únicos botões.
Se voce é velho o bastante pra ter jogado isso ligado na sua TV, sabe bem do que estou falando. O jogo é difícil pacas. Primeiro, porque voce não pula. E por todos os pixels do Atari, como eu odeio jogos onde voce não pode pular. O segundo botão do Master que deveria ser usado para pular, DEVERIA, serve para dar uma cambalhota muito grotesca. Sim, ela é util e serve até melhor que um pulo na tarefa de se esquivar de inimigos. Mas continua sendo grotesco. O estranho é que a função de PULO não existe nem mesmo com o terceiro botão do Mega. Isso torna a jogabilidade meio doentia. Outra coisa foda do game era acertar seus benditos tiros. Por mais que os dois (ou três) personagens tivessem ataques diferentes, a animação deles era a única coisa que os diferenciava, já que o dano causado e o alcance era o mesmíssimo. e o alcance era ridiculamente mínimo, o que te obrigava a estar bem próximo dos inimigos para acertá-los, o que nos leva à desenvolver um timming perfeito no controle ou - ADIVINHA - game over (pense num Golden Axe com aliens).  Os personagens ainda tinham ataques especiais bacanas, do tipo "limpa tela", que no Master era disparado quando voce apertava os dois botões juntos. Isso não chegava a ser um problema, mas era bem complicadinho de jogar com os famigerados botões falhando.
O game tem ainda as famosas fases de bônus em primeira pessoa (SHINOBI? Alguém falou SHINOBI?) que servia para voce ganhar power ups e vidas extras, mas que na verdade o maior barato era mesmo ficar destruindo todas as prateleiras daquela loja de conveniência.
Gráficos do ARCADE, muito muito muito bons.
Enfim, um game que te vence pelo cansaço se você não possuir o espírito forte. Eu zerei, conheço muita gente que zerou, mas conheço também um bocado que jogou (seja no master ou no PC) e desistiu bem no comecinho. As fases possuem uma dificuldade progressiva e tem uma curva de aprendizagem mais íngreme que as pernas de um Colosso naquele joguinho Forever Alone do PS2.
A versão do ARCADE vinha com a maravilhosa opção de jogar em 3, escolhendo a guria pra ajudar. no Mega, a estrutura continuava basicamente a mesma, mas se voce quisesse jogar com um terceiro amigo era preciso usar um daqueles lendários adaptadores para a entrada de joystick. Eu nunca vi nem comi, só ouvi falar. A versão que eu mais joguei, como devem saber, foi a versão do Master System, que mesmo sendo graficamente inferior e com a jogabilidade                                    
A versão para Mega drive reproduziu
muito bem os gráficos do Arcade.


A do Master.... hmmm...
  nem tanto
Very Extreme Fucking Hard ainda me manteve horas e madrugadas à fio na frente da minha velha 14 polegadas. Essa versão, esse port, era muito inferior mesmo, com gráficos insultantes se comparada às versões originais, mas era muito divertida de se jogar e eu realmente me diverti bastante com esse, que é um grande clássico dos videogames.

Comparativamente, o Arcade sai na frente, com um show de efeitos e gráficos que rodavam à mil em 16 bits, dando porrada em muito joguinho metido à besta da época, como o próprio Final Fight. mas não vou afirmar que seja melhor que o beat do SNES, mas na minha memória tem um lugarzinho mais especial.Se voce nasceu nos ridículos anos 90 e quiser jogar um pouco da versão do Master System, é só clicar aqui: ALIEN STORM MASTER SYSTEM - cortesia do site VALHALA JOGOS , cujo banner você vai encontrar ali do ladinho.

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Grandes abraços e boa jogatina!