segunda-feira, 13 de agosto de 2012

[DOSSIÊ] SONIC: THE HEDGEHOG - (Simplesmente não dá pra ser mais clássico que isso).


Eu tenho 25 anos. E esse game danadinho de foda foi o que veio na memória do meu Master System. Naquela época, era Sonic ou Alex kidd. E eu sou da galera que ficou com o Sonic. 
Então, eu tratei de ZERAR cada um dos games clássicos da franquia pra escrever um mega dossiê detalhado sobre SONIC. Aproveite a matéria e persista até o fim, cavalheiros, pois é do ouriço azul que vou falar hoje. O VELHO NOOB tem o orgulho de apresentar essa crássico com C maiúsculo que foi a primeira trilogia de quatro games da história. Duvida? Achava que apenas O Guia do Mochileiro das Galáxias tinha esse privilégio? POBRE MORTAL… naquela época onde a TV Colosso preenchia nossas manhãs com algo muito melhor que a Maysa, Sonic & cia sacudiam os Mega Drives e Master System do mundo inteiro!
Mais rápido do que Super Mario pirata do Phantom System, mais apelão que Final Fantasy em console de 8 bits e com um vilão insistente que nem o Bowser, o Dr. Willy, o Bison e o Drácula do Castlevania, o rato-ouriço (ou porco-espinho, ou gato azul, ou ouriço, ou o ornitorrinco de duas cabeças, ou o raio que o parta azul) foi criado especialmente pra ser um mascote fodástico da SEGA, pra medir forças diretamente com um certo encanador metido a Marido Substituto por aí. Pegando carona no vácuo de mascotes apagados que a Sega tentou emplacar, como Alex Kidd e Psycho Fox, Sonic chegou dando porrada nos dois botões daquela época (CHUPA 457 botões do X-BOX!).

Bom, no final, todo mundo sabe…Sonic acabou apagado por péssimas sequências (embora o Sonic Adventures do DreamCast não seja de jogar fora totalmente…) e enveredou por games de corrida, RPG, luta (Sonic Fighting, ARRRRGH!) e até de olimpíadas de inverno (???!). Mas, por graça de Sephiroth e dos deuses pagãos dos cartuchos de 8 megas, lentamente a softhouse de necessidades especiais (lê-se CEGA) vem recuperando o brilho desse seu protagonista de espécie indefinida! E aqui no VELHO NOOBÃO você vai ver a incrível trilogia de quatro games lançados pro Mega Drive, com todas as Esmeraldas do Caos que tem direito!
Eu esperava escrever isso desde o primeiro post desse site.

Sonic: the Hedgehog (1991)

E vamos voltar no túnel do tempo aos verdes anos de 1991! A Rede Manchete passava em suas telas as belezas naturais da Juma Marruá, vivíamos o sucesso “avassalador” do Dynavision Radical, o Super NES era apenas uma fofoca de locadora… e eis que a Sega, pra enfiar o bicudo no pau da barraca com seu novo Mega Drive/Genesis, reuniu sua turma de programadores escravos e ordenou: HAJA SONIC! E eis que, em junho de 1991, nós fomos brindados com o incrível game do porco azul, correndo, dando loopings, voando nas rampas e salvando os bichinhos da floresta que foram transformados em robôs (cuti-cuti). Claro, porque se você é um robô malígno que quer dominar o mundo, o que você faz é sequestrar bichinhos fofinhos da floresta e transformar eles em máquinas de refrigerante com
motosserras. Lógico.
Fale a verdade: O primeiro Sonic era um game casca-grossa, que coça o saco em público, cospe no chão, torce pro Timão. Jogo de homem, nada de princesinhas e reinos cogumelados. O esquema era aquele imortalizado pelo jogo do encanador: Aventura em plataformas com scroll lateral, inimigos apelões surgidos de tudo que é canto, armadilhas impiedosas, buracos sacanas, chefões malucos armados até os dentes e o incrível golpe de pisar na cabeça dos vilões! A diferença é que o viciado em cocaína Sonic aqui gira o corpo na velocidade Match 5. 
Cada mundo possuía três fases e, no final da terceira, você tinha que sair no braço com o Robotnick e sua engenhoca monstruosa! Ele tinha uma pra cada chefão. E quando você dava lá os pipocos no boss, libertava finalmente uma renca de coelhinhos e bichinhos meigos. 
Tinha até os itens colecionáveis que davam uma vida ao se juntar 100, que, no caso do porco-espinho , eram as argolas douradas. Aliás, inovando totalmente, as argolas serviam como proteção, pois, a cada pancada, você perdia todas elas e, se levasse um cutucão enquanto não tivesse nenhuma, era uma vida e o seu respeito no fliperama que iam pra privada! Isso é interessante, porque não importa se você tinha 1 ou 99 argolas, você sempre esparramava anelzinho pelo stage toda vez que levava porrada. Tinha também um escudo de energia que te salvava de perder os anéis, mas ele sumia na primeira cacetada! Mais apelação impossível! E eu passei uma boa parte da INFÂNCIA jogando esse game, porque veio na memória do meu Master System, como já expliquei, e durante muito tempo, foi o único game que dispunha. Eu fui encontrar o primeiro cartucho cerca de dois anos depois que havia ganhado meu vídeo game.

O primeiro Sonic hoje até pode parecer coisa de arqueólogo, mas, para os fãs do ouriço apressadinho, é uma pérola. Tudo que consagrou a franquia está lá: As argolas, os postes de checkpoint, as piranhas-robôs saltadoras, as engenhocas do Robotnick em todo final de fase (que, pra variar, ele sempre consegue fugir), os loopings e rampas, as molas, os espetos que saem do chão e roubam todas as suas argolas, o poste com a bandeirinha com o rosto de Robotnick e Sonic no final de cada estágio, o cofre com os bichinhos presos, as famigeradas 7 Esmeraldas do Caos… sem contar as terríveis apelações que se tornariam recorrentes em toda a série. Devo mencionar a horrorosa fase de água, onde você tinha que ficar pegando as bolhas pra não morrer afogado? Se você acha que seu God of War exige respostas rápidas no controle, então senta aqui que vou te contar uma história, guri. 
Com Sonic também não tem essa de pegar estrelinha pra ficar forçudo; aliás, ele tem mais formas de morrer do que herói do Elder Scrolls: Sonic pode se afogar (caso você não encontre uma bendita bolha pra respirar debaixo d’água), ser prensado em armadilhas, cair em buracos, espetado, queimado vivo, acertado pelo Robotnick…é a Sega antecipando a moda mortalkombatiana de arrancar a cabeça e as tripas do amiguinho! SANGUE DE SHAO KAHN TEM PODER! Isso tudo naquele controle quadradinho do Master System!
Sonic: the Hedgehog logo se consolidou como o mascote oficial do Mega Drive, Master System e Game Gear, vindo até como brinde junto com o videogame e pintando em tudo que é coletânea de jogo véio para Playstations. Os cartuchos da Tec Toy venderam mais qualquer outra coisa nos anos 90. Com uns gráficos que faziam a Nintendo não se entender mais com ninguém e melodias de primeira, é lógico que o game mereceria uma sequência, afinal, estamos falando aqui do capitalismo mais selvagem e mais explorador possível.
E a sequência veio, tão rápido quanto o próprio personagem!

Sonic: the Hedgehog 2- No vácuo do primeiro

Depois de faturarem uma bufunfa  maior que o PIB de muitos países africanos, a Sega mostrou que tinha visão de mercado e, em dezembro de 1992, lançou essa belezinha que, graças à nossa considerada Tec Toy, chegou no Brasil antes mesmo do que nos States. Sério.

Agora, a floresta estava livre de Robotnick e os animaizinhos não eram mais enlatados. O que não significa que as coisas vão ficar em paz durante muito tempo. Passeando com seu avião Tornado, eis que Sonic encontra a raposa que há de se tornar seu parceiro mais irritante de todos. TAILS! Uai, você achava, caro jogador chocado, que a Tails era "O" Tails, como falava no manual do jogo, nas propagandas da TV e a galera do fliperama? POBRE VIRGEM LEITOR DESSE SITE! Eis a notícia que vai mudar o mundo: Tails é uma raposa fêmea, chamada Miles Prower, uma cientista que pesquisa as Esmeraldas do Caos, com dois rabos que lhe dariam uma carreira milionária no mundo do funk! Pois é, cara, e até hoje o Sonic vive correndo da menina, provando ser o maior solteirão de Emerald Hill… 
Pois bem, Tails alerta nosso herói que o Robotnick estava atrás das esmeraldas para criar uma poderosa arma, o temível Death Egg (Ovo da Morte???), uma estação espacial com um canhão capaz de destruir todo o planeta. Quem pensou em Estrela da Morte levanta o livro de copyrights aí e liga pro advogado do George Lucas.  
Mas é isso mesmo. Junto com Tails, Sonic vai no encalço do vilão pra resolver essa crise da maneira mais racional e civilizada possível: NA PORRADA!
Diminuindo as fases dos mundos em 2 ao invés de 3, como no primeiro game, o desafio agora triplicou e ficou CABULOSO! Mas a vantagem é que você podia jogar de 2. E pra quem não sabe, naquela época os "jogos de 2" eram disputados à unha na locadora. Só que havia uma particularidade que eu nunca entendi muito bem:  O player dois, que controlaria o Tails, simplesmente servia de... enfeite! Não era necessariamente um modo cooperativo, como se vê em games como Final Fight ou Golden Axe. Nem competitivos nem nada. O Player 2 simplesmente servia pra porcaria nenhuma, só pra fazer enfeite.

Sonic 2 não tinha fases secretas, mas em compensação trouxe o lendário Special Stage, responsável por muitos jogadores reprovados na escola, na faculdade e por inúmeras famílias desfeitas! Funcionava assim: passando por um poste de checkpoint com 50 argolas ou mais, surgia uma nuvem de estrelinhas em cima do dito-cujo. Pulando nela, você era teleportado pra um tobogã em 3D, tendo que cumprir os desafios de pegar um valor determinado de anéis e desviar das bombas. Ao final do trajeto, lá estava a esmeralda. Juntando sete delas, você se transformada no Supersonic ou no Supertails e aí era só alegria. UAU, EU ESCUTEI GRITOS DE ALEGRIA NA…peralá, mas tem truque pra fazer isso também, pra quem tinha preguiça de pegar as sete dita-cujas! Procure no google.
Sonic 2 tem também uma das fases mais difíceis de toda a série, a única que não é dividida em duas, que é a Sky Chase Zone, conhecida nas locadoras e fliperamas como “fase do aviãozim”, na qual você se equilibra nas asas da aeronave pra chegar até o Ovo da Morte! Quem já jogou isso sabe o que é suar no controle. E também o subchefe mais foderoso, o terrível Robosonic, cópia metálica de nosso querido aqui, com a incrível habilidade de se transformar numa serra elétrica. Sim, porque foder você não tem limites. Na minha falsamente modesta opinião, Sonic 2 é um exemplo de como uma sequência deve ser: Um retorno dos bons elementos do primeiro jogo e algumas cositas más! Os cenários (que o diga a Atlantic Ruin Zone) melhoraram, as músicas são as mais clássicas da série (quem não se lembra da canção da Emerald Hill, ou do rock hardcore da Chemical Plant, ou o blues maluco do Casino Night?). Podem acreditar: na época do Sonic 2 teve muito nintendista que tirou o chapéu e deixou uma moedinha na caneca da Sega. 

Sonic: the Hedgehog 3

Alguns valores em dólares depois do sucesso de Sonic 2, entre um Sonic Spinball e outro, eis que em dezembro de 1993 a Sega anuncia que em 1994 haverá Sonic 3, um jogo mais apelão e mais cabuloso do que os dois anteriores juntos! Mas como melhorar um game que já era bão demais? Simples: trucidando os gamers com mais dificuldade e mais chefões apelativos.

Não ria. Na época era isso mesmo. Se o game estava funcionando bem, nada precisava ser acrescentado no gráfico, eles simplesmente lançavam a continuação ainda mais difícil. Acompanhe: Sonic e Tails viajavam calmamente no Tornado até que chegaram ao Sky Sanctuary, uma ilha deserta flutuante, que abriga o santuário da Esmeralda Mestre, a mais poderosa de todas, que inclusive transforma as sete famigeradas em Hiper Esmeraldas! Caramba, e não é que os roteiristas já começaram a forçar a amizade? Só que quem pegar a tal Esmeralda Mestre é Robotnick, o vilão que nunca desiste, que deve ter feito um estágio com o Dr. Willy.  Pra piorar, o cientista maluco ainda convence Knuckles, o equidna, guardião da Esmeralda, de que Sonic e Tails é que são os inimigos!

------------------------------------------------------------------------------------------------------------
NESTE PONTO O VELHO NOOB ABRE UM PARÊNTESE: Se alguém souber o que raios é um Equidna favor usar a caixa de comentários mais próxima.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Agora, a dupla dinâmica deve correr contra o tempo pra recuperar as esmeraldas e impedir Robotnick, além de cair nas armadilhas de Knuckles! Por sorte, Sonic ganhou novos escudos de energia, que acionam poderes quando você dá o pulo duplo: O escudo comum dá choques, o de fogo vira uma bola de fogo, o magnético, além de atrair as argolas, solta espinhos e a bolha d’água vira um ricochete. Só isso pra enfrentar a dificuldade BRABA desse game, que agora tem subchefes no primeiro ato de cada mundo. 
Desnecessário dizer que este nobre retrogamer tomou, e ainda toma, surras homéricas do Sonic 3. E acho que todo mundo que já segurou um controle de mega drive respeita a dificuldade desse game. Sem brincadeira, é o jogo do Sonic em que eu mais penei, sem conseguir passar da apelação da terrível Hydro City, o nível de água mais difícil da história da série!  Você precisa ter raça pra zerar isso aqui. Eu fiz isso essa semana usando o recurso dos SAVE STATES do emulador, então imagine como foi fazer isso naquela época?
Os bônus também mudaram no terceiro game: O portal de estrelinhas dos checkpoints reedita a dimensão giratória do Sonic 1, mas serve apenas pra pegar vidas e Continues. O que já é um bom negócio, claro. Já os argolões escondidos nas passagens secretas levam a um bônus em 3D pra você coletar esferas azuis e desviar das vermelhas, e é nesse que você deve cobiçar as tão suadas Hiper Esmeraldas.

Com uma dificuldade puxada pro hard e fases mais longas e cheias de desafios, Sonic 3 mostrou pros moleques de plantão que o processador do Mega Drive era fodão, mesmo não tendo as frescuretes do Silicon Graphics que a Nintendo exibia como se fosse o Santo Graal! O jogo tem até bateria de saves! A última vez que você viu isso? Foi no Super Mário World.  É pra fechar a série no Mega com chave de ouro e ainda faz a gente esquecer da tranqueira que foi Sonic Spinball! 



Sonic & Knuckles: o quarto capítulo da "trilogia"!

Uns seis meses após Sonic 3, a Sega pega todo mundo de surpresa e lança o FODÁSTICO Sonic & Knuckles, que não é bem uma sequência, mas é como se fosse o Director’s Cut do Sonic 3, contando algumas partes da história que ficaram nebulosas no terceiro título (como, por exemplo, como raios Knuckles se tornou um aliado contra Robotnick?) e ainda mostrando a história pelo ponto de vista do equidna! De quebra, ele trás também o final verdadeiro de Sonic 3, com a batalha final contra Robotnick! Pode ter certeza que, se Sonic & Knuckles fossem lançado hoje, ele seria uma daquelas DLCs espertalhonas, como os capítulos “perdidos” do Assassins Creed II!  
E, apesar de oficialmente a história ser pelos olhos de Knuckles, dá pra jogar as fases do equidna com o Sonic! SANTO ROTEIRO FURADO! Pois é, mas mesmo assim a gente perdoa! A jogabilidade e o sistema é o mesmo de Sonic 3, sem tirar nem pôr, e dá até pra notar que fizeram um game inteiro com sobras do anterior! O que de certa forma é criativo e interessante. Além de filhaputamente capitalista.

O quente mesmo era a tecnologia Lock-On, uma inovação da Sega que permitia conectar os cartuchos dos Sonics 2 e 3 no cartucho do S&K e jogar com o equidna nos outros títulos da série, sem problemas com glitches ou travadas! Por essas e outras é que Sonic & Knuckles, embora tenha aquele cheiro de oportunismo barato, é o preferido deste cidadão brasileiro que vos escreve. Encerrando uma fase de ouro do Genesis e dando férias pro Sonic (que retornaria em 1997 no bizarrinho Sonic 3D Blast), já entrando na fase Saturno e de seus protagonistas apagados, Sonic & Knuckles encerrou a busca pelas esmeraldas durante muitos anos e nos deixou com saudades até o lançamento do ótimo Sonic Generations pro PS3, que resgata muito daquele pique antigão da série!

E, enquanto isso, nosso considerado Sonic vive com a Amy, a Tails e a morcegona peituda do Chaotix no pé e não catou nenhuma delas! Putz, meu, vai ser cabaço assim lá em Green Hill Zone, cumpádi!


SONIC DECAIU MUITO, MUITO MESMO.


Tivemos Sonics terríveis de tão ruins: Sonic Spinball, o até hoje sem graça Sonic 3D Blast, o Sonic R que nada mais é do que um Mario Kart tosco, o nefasto Sonic Fighters que estragou a série…tivemos Sonics irregulares e meio chatonildos, como aquele das olimpíadas (fazendo crossover com Super Mario), o Sega Superstar Tennis e aquele RPG Sonic Chronicles pro DS, que é bem travado e sem grandes atrativos. Tivemos alguns bons títulos que tentaram renovar a série, como o bom Sonic Adventure do DreamCast, o Sonic 4 da Live e da PSN e o injustiçado Sonic Unleashed com nosso porco-espinho virando lobisomem, o Sonic Heroes e o Sonic Rush Adventure dos portáteis. Tivemos todo tipo de spin-offs, desde os bons, como Chaotix pro 32x e, até os piores, como Dr. Robotnick Mean Bean Machine. E estamos numa fase de retorno triunfal, com os novos crássicos Sonic Colors pro Wii e Sonic Generations, que esses sim são ressurreições dignas de nota!

Sonic é foda com PH maiúsculo e esse nostálgico aqui nunca se cansa de rasgar seda! MILÊNIOS antes do VELHO NOOB, foi com Sonic que ele entrou no mundo pixelizado dos games, antes mesmo de jogar os jogos do Super Mario Pereirão! E, durante muito tempo, era o cartucho que nunca saía do Mega Drive! Por essas e outras é que eu vou ficando por aqui, antes que eu comece a chorar de nostalgia com esse que é meu xodó na SEGA!
------------------------------------------
Curiosidades Curiosas Sobre Sonic
------------------------------------------
- Sonic teve dois games lançados para os 8 bits (Master System e Game Gear), que evidentemente eram downgrades em se considerando as limitações técnicas. Foram esses que joguei primeiro. Os dois foram lançados no Brasil pela nossa querida Tec Toy, com direito a promoção espertalhona e tudo. Embora os primeiros fossem mesmo uma adaptação do Mega, no Sonic 2 do Master e do GG a Sega optou por fazer um game totalmente diferente, com novas fases e inclusive nova história, proporcionais à capacidade dos consoles! Neles, você tem que salvar a Tails que foi sequestrada pelo ... você sabe quem. 

- Na mesma época, quando os 8 bits já patinavam na curva rumo ao esquecimento, a Sega surpreendeu e lançou pra mesma dobradinha Master System/Game Gear um título exclusivo, ambientado entre as histórias de Sonic 2 e 3: SONIC CHAOS, um jogaço em que você podia jogar tanto com Sonic quanto com a raposa popozuda do funk! 

- Há ainda o Sonic CD, incursão curiosa do ouriço no falido Sega CD, agora viajando no tempo! Sério mesmo, nesse título as Esmeraldas têm a incrível habilidade de viajar entre passado, presente, futuro bom e futuro ruim, incrementando ainda mais a série, como se ela já não fosse mais difícil de entender que a lógica da minha namorada! É nesse game inclusive que aparece a Amy, a ratinha cor-de-rosa que o Sonic nem teve as manhas de levar pra jantar! 

- E tem o Sonic Arcade, lançado pros fliperamas logo após o Sonic 2 e apenas na terra do Sol Nascente! Trata-se de Sonic the Hedgehog (1993), lançado para os arcades System 32. Nele, além duma HORRORÍVEL visão isométrica (regra número 14.635.763 dos videogames: O único game que presta com perspectiva aérea torta chama-se DIABLO!), Sonic recebe a ajuda de dois coadjuvantes apagados: Mighty the Armadillo (tatu) e Ray the Squirrel (esquilo). Mas nem vale a pena rodar isso no seu MAME. Vai por mim.

- Quando a Tec Toy lançou Sonic 2 no Brasil, houve por um tempo uma promoção em que você ganhava uma camiseta exclusiva que vinha com o cartucho. Que eu nunca vi ninguém que tivesse uma dessas, mas sempre tinha um cara na locadora que conhecia um cara que era amigo do primo de uma cara que tinha.

- Sonic é um rato-ouriço (hedgehog), um bichinho parecido com um hamster que é muito comum no Japão. E Knuckles é um equidna, bicho bizarro vindo da Austrália e da Nova Zelândia que…QUE DIABOS É UM EQUIDNA? Segundo a Wikipedia, é um parente do ornitorrinco, um mamífero que põe ovos! E voce achando que não existiam pokemons no mundo real.

- Como estamos falando dum capitalismo explorador da classe proletária, a mais-valia do lucro absurdo do Sonic deu origem a vários produtos derivados: Uma série de desenhos animados horrorosa, uma outra série de desnhos animados não tão horrorosos assim, um anime em OVA (Sonic the Hedgehog: The Movie) e uma série de histórias em quadrinhos (publicada pela Malibu Comics), que aqui no Brasil aportou nas revistinhas malandras da Editora Escala.

- Sonic também inspirou SOMARI, o jogo que prova que o fim do mundo está próximo e que não existe salvação para a humanidade!

E eu fico por aqui porque minha namorada já deve estar sentindo minha falta depois das eras que eu passei pra coletar todas essas informações e jogar esses games. Depois desse post, pedimos que, se tiver um advogado entre os leitores do VELHO NOOB que entenda de divórcios amigáveis, favor deixar telefone nos comentários!

FUI.

E NÃO SE ESQUEÇA DE COMENTAR, cara. A musiquinha do Emerald Green Hill está na minha cabeça pra sempre depois dessa maratona.