sexta-feira, 29 de junho de 2012

The Legend of Zelda (NES)


Gênero: RPG
Fabricante: Nintendo
Lançamento: 1987
Jogadores: 1 Player

Eu sou um retrogamer de tradição, da época em que alugar fichas era a recompensa por não ser um menino levado. Na época em que o videogame era uma forma de diversão, e não a única forma de interação entre crianças e adolescentes na face da terra. E na minha época, jogar vídeogame era apenas mais uma forma de brincar, e não a única. To contando isso porque nasci no dia 19.05.1987, exatamente o mesmo ano de lançamento do grande e poderoso protagonista de nossa matéria de hoje.
Antigamente, na época do Atari e no início da história do saudoso Nintendinho, jogar videogame requeria tempo e paciência. Afinal, quem quisesse zerar Super Mario Bros, por exemplo, tinha que ligar o console e passar, na raça e na manha, por todos os mundos, do primeiro ao último. Tinha que ter corrones. Em alguns jogos, era ainda pior, porque você suava frio e manchava a cueca pra chegar ao final, e quando chevgava, dá-lhe frustração, pois o jogo simplesmente voltava ao início! Pra vocês terem idéia, eu tinha um cartucho chamado Ghous'n'Ghosts . Fui jogá-lo até o final e, depois de uma hora e meia, eu cheguei e aconteceu isso. O jogo simplesmente voltou ao início porque eu estava no modo normal e precisava zerar no hard. Ou seja: Se eu estivesse jogando no easy, eu ia ter que jogar DUAS VEZES o jogo todo pra ver uma telinha de "congratulations". Juro que deu vontade de quebrar o cartucho! 
Mas houve um jogo que mudou isso. Se você hoje joga games com
início, meio e fim, e pode salvar seu progresso num HD interno ou Memory Card, agradeça a Shigeru Miyamoto, o criador de The Legend of Zelda.
Nesse jogo, você explora um mundo vasto e cheio de vida, Hyrule, numa história que até fascina muita gente, pela complexidade e profundidade de seus cenários e personagens. The Legend of Zelda, também chamado de Zelda 1, contava a história de Link, um jovem cuja missão era salvar a princesa Zelda das garras de um terrível vilão. O perverso Ganon a prendeu em busca da Triforce, um artefato criado por deusas ancestrais que daria poderes ilimitados a seu possuidor. Para proteger a Triforce, Zelda partiu-a em oito pedaços e espalhou-os por Hyrule. Para derrotar Ganon, Link deve juntar os oito pedaços, pois só com o poder da Triforce ele poderá derrotar Ganon.
Bom, esclarecido o plot do game, bora esclarecer uma segunda coisinha muito importante: ZELDA É A PRINCESA, NÂO O PERSONAGEM PRINCIPAL! O NOME DO HERÓI É LINK! LINK!
Além de uma história bem trabalhada, o jogo tinha como trunfo o fato de permitir que o jogador salvasse seu progresso, através de uma bateria instalada no cartucho. Isso era uma enorme vantagem, pois Miyamoto sabia que ninguém conseguiria fechar um jogo tão complexo em um único dia. Esse tataravô dos Memory Cards, aliado a um guia muito bem explicado que acompanhava o jogo (destaque para o mapa-pôster, que podia ser colado na parede para guiá-lo por Hyrule), praticamente inseria o jogador na história. Não bastava "sentar o porrete" para derrotar seus inimigos, era preciso coletar ítens e usar a arma certa para ter sucesso. Outro ítem era o dinheiro coletado, os famosos Rupees (que eu tanto falo aqui no blog): ao contrário das famosas moedas coletadas por Mario, aqui o dinheiro era real, pois você podia comprar itens, armas e poções de cura durante o jogo, alguns primordiais para fechar o jogo.
Se não bastasse tudo isso, uma jogada de marketing fodástica ajudou a alavancar o jogo: Em meio a uma floresta de cartuchos cinzas, o de Zelda era dourado. Dava pra ver de longe ao chegar na loja, como se fosse uma rosa vermelha no meio do mato. Esses cartuchos dourados são hoje peça de colecionador, e viraram tradição na série. Depois do estrondoso sucesso, devido à grande demanda (o jogo simplesmente "sumia" das lojas), ele teve tiragens em cartuchos cinzas, o que tornou os dourados uma cobiçada raridade. Quem tem o seu, o que não é meu caso, não vende nem a pau. Aliás, eu compro mesmo, só entrar em contato que eu compro. Pode ser o preço que for.
O nome do jogo faz juz a seu conteúdo. Zelda é mesmo "A Lenda", uma série que alcançou status de obra prima no N64, mas que mesmo no Nintendinho pode nos proporcionar desafio, diversão e emoção (duvido que você não comemore depois de derrotar o Ganon). É um clássico, sem dúvida um dos melhores jogos já criados e um dos pontos altos da história da Nintendo. O meu preferido de toda a série ainda é a versão do SNES, Legend of Zelda: a Link to the past, mas confesso também que a primeira vez que assisti o primeiro momento de jogo do N64, Ocarina of Time, eu quase chorei. Lembro que foi a primeira vez que eu jogava um game tão vasto, com um cenário tão imenso e detalhado, onde eu poderia ir para qualquer lugar. 
Resumindo: O que os moleques de hoje conhecem como uma coisa comum, os jogos open world, ou sandbox, eu experimentava pela primeira vez algo parecido ainda nos anos 90... com alguns games do PSX e N64, mas o que mais me marcou, nessa categoria, justamente pela sua GRANDIOSIDADE.
Pode até não ser minha série preferida, e não é mesmo. Mas sem dúvida alguma é um jogo maravilhosamente profundo e possui seu lugar reservado no coração de todo gamer que se preze, pois fez cravado na pedra, a sua marca na história dos vídeogames.



E aí? Alguma história legal sobre Zelda? alguma informação que queira acrescentar? Deixe seu comentário aí embaixo, cara, não seja tímido!


MATERIA INSPIRADA NO MEU AMIGO MUSEUM DOS GAMES, dando o devido crédito que não foi dado nota originalmente. Obrigado pela correção.
O link do blog dele é: http://museumdosgames.blogspot.com.br/ ACESSEM.