PENSE BEM: Quantos filmes legais já viraram um jogo de videogame e você, leitor ingênuo que ainda acredita que o Brasil é o país do futuro e que o seu X-Box nunca vai sofrer de 3RL, foi lá alugar e/ou comprar o cartucho ou disco achando que seu filme favorito renderia um game memorável, épico, lindo? E, quando você enfim ligou o console, ficou indignado com a vagabundice extrema do game, um puro caça-níqueis para aproveitar a fama da franquia? Pois é, o casamento entre games e cinema nunca foi lá tão feliz, ele sempre rendeu umas puladas de cerca, umas brigas no meio da rua e uns divórcios barraqueiros na Justiça, com direito a briga pela guarda dos filhos e uma ou outra toalha molhada em cima da cama.
Eis aqui que o Velho Noob, perito em selecionar apenas a carne de pescoço para seus fiéis leitores, preparou aqui uma lista com dez filmes meia-boca que renderam dez games abaixo da crítica. Parecem até dez games desovados produzidos pela Sunsoft, mas você verá, leitor desprovido de preguiça, que até grandes softhouses queimaram o filme dessa vez.
(coloquei em ordem decrescente pra você ir medindo o tamanho da
merda)
(coloquei em ordem decrescente pra você ir medindo o tamanho da
merda)
10. Mission: Impossible (N64- Ocean, aquela softhouse que, como produtora de games, é uma boa pescadora de camarões)
Chupinhado de qual filme? “Missão: Impossível”, de 1996, baseado no seriado homônimo. Tom Cruzes, digo, Tom Cruise, é o agente da CIA Ethan Hunt, que, guiado pelo chefão Jim Phelps, precisa deter os russos (sempre eles!) e especialmente o agente Alexander Golistyne, que detêm um arquivo com os nomes de todos os agentes norte-americanos. O duro é que o primo do Zangief quer divulgar todos esses segredos ao mundo, ferrando com os ianques, e isso tudo antes do WikiLeaks! Bom, lá pro meio do filme tem umas cenas de porrada, umas explosões, uns carros dando cavalo-de-pau, uns tiroteios, umas gostosinhas sujinhas em roupas rasgadas, umas traições, até o roteiro virar um queijo suíço. Uma ótima película para o Corujão e a Sessão da Tarde.
Avaliação arrogante do VELHO NOOB: O décimo lugar dessa lista até que é um jogo bem-feito, seguindo fielmente o roteiro do filme, com uma dificuldade bem dosada e com uma série de quebra-cabeças instigantes e inovadores, que todo bom jogo de espionagem deve ter. Só que, assim como Zelda 64, Perfect Dark, Conkers e outros, fizeram um hype tão grande em cima dele (e tome a Nintendo adiando o lançamento), que, quando a fita saiu mesmo, todo mundo ficou decepcionado! Fora isso, a quantidade de itens e tranqueiras para se fazer as missões é absurda e completamente caótica, com destaque para o “chiclete explosivo”,, o face maker capaz de copiar a face do inimigo (nada que uma bela cara-de-pau não resolva) e o pó nauseante. Tudo isso faz de Mission: Impossible o único game do gênero “gambiarras” da história. O MacGuyver deve ter curtido isso.
Fora isso, outro problema foi que Mission: Impossible pegou uma época em que os games de espionagem (tanto em terceiro quanto em primeira pessoa) eram moda. Naqueles idos de 1998/99, foi uma enxurrada, um seguido do outro: Goldeneye 007, Winback, Perfect Dark, 007- The World is Not Enough, Syphon Filter 1 e 2, Metal Gear Solid…ou seja, ninguém mais suportava aqueles games cheios de traquitanas para inteceptar comunicações, fotografar inimigos, roubar dados, se infiltrar invisível em bases, etc. Mas, mesmo assim, esse crássico com C minúsculo do Nintendo 64 até que rende uma boa diversão. Atravesse bases militares, prédios de embaixadas, depósitos, salas de computador, trens em alta velocidade e troque uns tiros com os russos, com aquela ótima jogabilidade de cenários de isopor e bonecos de papelão do N64. Aproveite para tomar um vinho e saborear uma boa placenta ao molho pardo com o Titio Tom Cruzes, antes que ele vá financiar Trovões Tropicais e cagar na sua carreira para todo o sempre amém.
Fora isso, outro problema foi que Mission: Impossible pegou uma época em que os games de espionagem (tanto em terceiro quanto em primeira pessoa) eram moda. Naqueles idos de 1998/99, foi uma enxurrada, um seguido do outro: Goldeneye 007, Winback, Perfect Dark, 007- The World is Not Enough, Syphon Filter 1 e 2, Metal Gear Solid…ou seja, ninguém mais suportava aqueles games cheios de traquitanas para inteceptar comunicações, fotografar inimigos, roubar dados, se infiltrar invisível em bases, etc. Mas, mesmo assim, esse crássico com C minúsculo do Nintendo 64 até que rende uma boa diversão. Atravesse bases militares, prédios de embaixadas, depósitos, salas de computador, trens em alta velocidade e troque uns tiros com os russos, com aquela ótima jogabilidade de cenários de isopor e bonecos de papelão do N64. Aproveite para tomar um vinho e saborear uma boa placenta ao molho pardo com o Titio Tom Cruzes, antes que ele vá financiar Trovões Tropicais e cagar na sua carreira para todo o sempre amém.
Curiosidades Curiosas: existe um outro game chamado Missão Impossível para o NES, lançado no começo dos anos 90. Jogue-o junto com o do sexagenário da Nintendo e avalie qual dos dois é mais impossível. Depois, crie vergonha na cara e vá jogar Metal Gear!
9. True Lies (SNES- Acclaim, Lightstorm, Beam Software e LJN, nenhuma das softhouses quer assumir a autoria do desplante! )
Chupinhado de qual filme? “True Lies”, filme de 1994 estrelado por Arnold Schwarzenegger antes de roubar o dinheiro dos contribuintes e ser eleito governador, e dirigido por James Cameron antes de ele ter pele azul e de fazer sexo com os cabelos. Conta a história do agente secreto Harry Tasker, tão secreto que nem ele sabe que é agente, que tem que deter os dois terroristas (desta vez árabes!) Abu Aziz e Jihad de explodir os Estados Unidos com bombas atômicas. Que ideia de jerico, negada, não é mais prático e rápido explodir o World Trade Center enfiando um avião no meio das fuças?
Avaliação Indiscreta do Velho Noob: Pense numa merda. Assim como Missão Impossível, por incrível que pareça, o game baseado em True Lies segue (e bem) o roteiro do filme, cada fase contando com uma das locações. Tem até uma fase feita como um shooter vertical, ao estilo de Aero Fighters, relembrando a parte em que Schwarza pilota um caça. Nessa variação de desafios até que o game se sai bem, mas…
…é um game de espionagem, sacripantas! Espere por uma porrada de itens que você não vai saber pra quê usar (um monte de tranqueiras, tipo detonadores de bombas, rádio-comunicadores, gravadores, câmeras fotográficas, óculos de visão raio-x, canivetes suíços) que só aquela revista mensal de games conseguiu entender pra quê que serve. Fora as missões, é claro, como encontrar um item numa sala cheia de inimigos armados, fugir de instalações prestes a explodir, entrar de stealth em esconderijos de inimigos…e as horrendas MISSÕES DE ESCOLTA, na qual o refém acaba sendo morto umas vinte vezes! E tome Mission Failed pra cabeça! CARALHO, COMO EU ODEIO MISSÔES DE ESCOLTA! (Imagina eu jogando Resident Evil 4, que é praticamente um JOGO DE ESCOLTA!)
Este é o Super Nintendo querendo botar banca de console de 32 bits! Mais uma obra de James Cameron, cineasta especialista em afundar coisas (vide aquele navio titânico). Mais um afundamento com o selo Cameron de qualidade!
Curiosidades Curiosas: Harry Tasker na verdade é um exterminador vindo dum futuro não muito distante, que, após ser comido pela Sarah Connor sem camisinha, engravidou do Júnior, obrigando-o a se candidatar tendo Denny Devito como vice.
8. ID4- The Game (PS1- Fox Interactive, aquela softhouse afrescalhada)
Chupinhado de qual filme? “Independence Day”, filme de 1996, que foda-se o que você vai colocar nos comentários eu gostei pra caramba, no qual uma horda de alienígenas sanguinários e destruidores, frutos do cruzamento de russos com chineses, e ainda por cima muçulmanos, ou seja, tudo que os EUA adoram, resolvem fazer um piquenique bem bucólico na avenida Pensilvânia. O presidente e mais algumas pessoas vão lutar contra a destruição de seu país, mas, como estamos num filme de Roland Emmerich, o roteiro é a menor de nossas preocupações. E tome a Casa Branca explodindo e Nova York indo pras cucuias! Curiosamente, a mesmíssima galera que nos presenteou com Stargate, 2012 e Godzilla (tá, esse último é uma merda).
6. Addams Family Values (SNES- Ocean, a softhouse que faz seus jogos irem por água abaixo, e essa piada ficou ainda mais escrota que o game)
Chupinhado de qual filme? “De Volta para o Futuro 3″, e se
eu precisar explicar pra você que filme é esse eu vou te dar aquele velho
conselho: VOLTA PRO ORKUT! Meus olhos se enchem de lágrimas e meu coração se
contorce de alegria nostálgica quando penso nessa ficção científica do diretor
Robert Zemeckis, estrelando Michael J. Fox (antes
do vibracall) e Christohper Lloyd, que é um gênio e pronto acabou. Aqui,
para fechar a trilogia, o Dr. Brown e Marty McFly vão parar na Hill Valley do
Velho Oeste, e enfim o nerd veiaco criador do DeLorean que viaja no tempo vai
perder a virgindade com a professorinha.
Avaliação Emputecida do Velho Noob: assim como nos filmes de Emmerich, o game também não possui
história! E pense num game ruim. Muito ruim. Agora adicione o Superman 64. Você
já tem uma vaga idéia do quanto esse monte de esterco fede. É uma lástima
eterna na história de todas as lástimas do videogame. Nem o jogo do MIB foi tao
horrendo (ou foi?). Pilote o caça do Will Smith com uma perspectiva 3D vista de
trás e meta bala em naves inimigas, geradores, armas alienígenas, e curta um
game onde todas as fases são praticamente iguais! Sério mesmo, tem o Grand
Canyon cheio de ruínas, Nova York arrebentada, Moscou caindo aos pedaços, os
restos de Paris, e sempre aquela nave-mãe no topo da tela, igual em todos os
estágios e os prédios e obstáculos sempre no mesmo lugar. As missões também são
sempre as mesmas: Arrebentar tal vilão num limite de tempo, explodir tantos
geradores, resistir bravamente à tentação de arremessar o joystick contra a
tela, dentre outras. Mais um plágio da engine de After Burner! E VENHA ME DIZER
QUE AQUELE JOGO ERA BOM PORQUE ELE NÂÂÂÂO ERA. Declare sua independência
jogando esse CD no lixo e assistindo a um bom seriado japonês de destruição,
que com certeza valerão mais que os minutos perdidos com ID4.
Curiosidades Curiosas:
Só pra piorar um pouco as coisas, em 2000 lançaram um game online (?) de
Independence Day, que deve ter feito o maior sucesso em alguma região da
Moldávia e no norte da Guiana Francesa. Já Roland Emmerich, o diretor famoso
por dirigir incríveis filmes sem história alguma, não contente em destruir o
mundo com tsunamis e profecias maias, ainda continua a destruir nossa paciência
com som surround e efeitos da IL&M. E como sua última empreitada no cinema
foi o fim do mundo, estou por imaginar o que ele vai destruir agora.
7. The Da Vinci Code (PC, PS2 e XBox - The Collective,
aquela produtora que coleciona fracassos e prejuízos)
Chupinhado de qual filme:“O Código da Vinci”, filme de 2006
escrito pelo famoso roteirista Akiva Goldsman, capaz de transformar o Batman,
um herói foderengo e sombrio, num palhaço sem a mínima graça. Baseado num livro
de 2003 escrito por Dan Brown, o menos tedioso dos escritores tediosos da moda
(que jamais será um Stephen King, mas pelo menos não é tão ruim quanto
Stephanie Mayer) o livro conta a história do nerd mais virgem do mundo Robert
Langdon, que, levado ao Museu do Louvre, na França (onde mais? Taubaté é
que não é), precisa decifrar uma lendária charada escondida nas obras de Leonardo
da Vinci. Não, ele não come a mocinha Sophie Neveu no final. Nem no meio nem no
início.
Avaliação Meia Boca do Velho Noob: The Da Vinci Code é um adventure point and click, e esse
gênero de jogo se divide em duas categorias principais: Os que tentam bastante
como The Dead Montaineer's e Monkey Island. Como não há piratas no jogo
do professor Langdon, então, por regra de três, a gente pode tirar uma
conclusão sólida. Essa merda FEDE, embora os gráficos sejam realmente
bonitinhos. Embarque numa correria por Paris e Londres, que incluem famosos
pontos turísticos como o Museu do Louvre, a igreja de Saint-Sulpice, um banco
suíço, a abadia de Westminster e as casas da luz vermelha de Londres,
resolvendo enigmas e puzzles “dificílimos” que até um macaco dopado de
Biotônico Fontoura conseguiria resolver e se envolvendo em cenas de batalha tão
emocionantes quanto uma sequência de botões do Dragon’s Lair com o DOS dando
pau. Se você já jogou qualquer coisa com o DOS dando pau, eu te aconselho a
pedir uma bolsa pra Dilma sobre veteranos de guerra.
Assim, como o Velho Noob é um site chato que solta spoilers sem a menor vergonha na fuça,
zere o jogo e descubra que o corpo de Maria Madalena estava desde o início no
Louvre, onde Langdom começou sua jornada para para encontrar os segredos do
Priorado, debaixo da pirâmide de vidro.
Curiosidades Curiosas:
Nada. Sério. Absolutamente nada. Eu acrescentaria que esse é um game que
representa fielmente os atores do filme em sua modelagem 3D. Mas foda-se, vou
dizer nada mesmo. Aliás, vale dizer também que esse é o primeiro filme que se
passa na França, com boa parte do elenco francês, e ninguém comeu ninguém.
6. Addams Family Values (SNES- Ocean, a softhouse que faz seus jogos irem por água abaixo, e essa piada ficou ainda mais escrota que o game)
Chupinhado
de qual filme? “Addams Family Values” (1994), que, graças à boa vontade de
nossos tradutores e dubladores, virou Família Addams 2 aqui nas terras
tupiniquins. Na continuação do primeiro (e bom) filme, agora o Tio Fester/Tio
Funéreo/Tio Chico/Tio raio-que-o-parta-na-adaptação, faz o que o Robert
Langdon nunca fez na vida e arruma uma mulher. Mas a moça de família, cheia de
más intenções, arma para separar o irmão de Gomez do resto dos Addams e roubar
a sua fortuna. Nada que no Programa do Ratinho não se resolva sem um exame de
DNA ou uma porradaria de praxe. Mas aqui a porra fíca séria.
Avaliação "Que Infortúnio" do Velho Noob: lembra daquela engine do Jurassic Park pro SNES, aquela
maravilha do mundo dos videogames, copiada completamente do Zelda- A Link to
the Past, com a diferença de que no Zelda ela funcionava decentemente? Pois
bem, aqui o Tio Chico/Tio Fester também mexe em alavancas e ataca os inimigos
com raios e choques elétricos. Como um bom RPG feito em terras estadunidenses,
esse jogo tem aquela característica marcante desde os dias gloriosos de Final
Fantasy Mystic Quest: É UMA PORCARIA! Com a ajuda dos Addams, agora o Tio
Funéreo tem que resgatar o pequeno Pubert, filho mais novo de Morticia e Gomez,
das garras da oxigenada Debbie, sua ex-mulher, antes que ela invente de
obrigá-lo a pagar pensão. Para isso, precisa recuperar as chaves de várias
mansões, atravessar umas dungeons, resolver uns quebra-cabeças retardados e
enfrentar uns chefões apelões, com a ajuda dos providenciais biscoitos de
morcego da Vovó Addams, o café-da-manhã dos campeões segundo Ozzy Osbourne, que
restauram sua energia e prolongam o seu nervoso system ao se ver
massacrado por um simples inimigo de meio de fase. Esse jogo dos Addams é tão
bom, a bateria funciona tão bem, que é o único RPG que usa passwords para
marcar seu progresso. Nível de preguiça dos programadores atingindo niveis
profanos. Esses parecem ser os mesmos caras que fizeram Todo Poderoso 2. Só
pode. Essa merda de dinossauro tem um storyline digno de um episódio dos
Teletubbies, gráficos e sons de jogo feito em casa e uma jogabilidade que daria
vergonha até para alguns jogos atarianos. Pense que o PitFall era mais
fácil de controlar, sério.
Curiosidades Curiosas:
Raul Julia tava no filme, e logo depois do filme ele gravou aquela pérola da
cinematurgia mundial chamada Street Fighter, juntinho do Van Damme. Assim que
acabou de gravar o filme, o sujeito morreu. SEU ÚLTIMO TRABALHO DECENTE
transformado nesse jogo imbecilizado e pra piorar a frustração, bem... assista
Street Fighter. Você vai entender.
5. Warlock (SNES e Mega Drive- Acclaim, para dar um fatality
em todos os gamemaníacos)
Chupinhado de qual filme? “Warlock”, filme homônimo de 1995,
um terror tão vagabundo que faz Evil Death parecer plausível. É a história de
um bruxo do século XVII que, graças a uma macumba brava, vai parar na Boston do
século XX, para procurar as seis pedras que lhe dão o poder de recriar o
armagedom e de dominar o mundo. Quem esse Warlock pensa que é, o Doutor
Estranho, por acaso? O Toninho do Diabo? A Bruxa Baratuxa? Eu não achei quem
foi o endemoniado que dirigiu essa aberração, se alguém souber manda um beijo
aê nos comentários.
Avaliação ZédoCaixãonesca do Velho
Noob: alguém aqui assistiu a Warlock?
Não, né. Foi o que pensei. Mas escolhi esse game porque eu tenho uma vasta
coleção de filmes trashs de terror. Eu realmente amo o gênero. Mas isso não vem
ao caso, não agora. Quantos ainda se arriscaram a jogar esse crássico dos 16
bits? Uns poucos, que acharam bonitos os gráficos dessa bagaça, que mais
parecem desenho de pré-escola. Um dos games mais meia-boca da era dos 16 bits,
Warlock (o jogo) merece ganhar um prêmio por uma incrível façanha: consegue ser
pior do que o filme. Isso é para poucos. (talvez dessa lista só o Independence
Day ganhe o mesmo prêmio)
Conduza o bruxo destemporalizado pelas fazendas de Boston,
por casas mal-assombradas, pelo cemitério maldito, pelo Inferno, pela casa do caralho
saltitante, até enfrentar o rei dos demônios. Enfrente anjos caídos, zumbis,
dragões e cachorros que não tomaram vacina, e se prepare, pois a jogabilidade
de Warlock é tão ruim, tão péssima, tão malfeita, tão desgraçadamente 8 bits
que dá até saudade de jogar Altered Beast no Mega Drive. Pelo menos no jogo da
Sega você pode se transformar em algo foda se matar o porco certo.
Curiosidades
Curiosas: o Ministério da Saúde Gamer
adverte: o uso prolongado de Warlock causa giros de cabeça, vômito verde e
masturbações com crucifixos, além de uma vontade absurdamente irracional de doar
10% do seu salário para os cofres da Universal.
4. The Flintstones (SNES- Ocean, ah
não, ela de novo não, pelo amor de Sephiroth, DE NOVO NÃO!)
Chupinhado de qual filme? “The Flintstones”, o primeirão, o
mais divertido de todos, estrelado pelo John Goodman e pelo Rick Moranis. Num
outro clássico da Sessão da Tarde, estrelando essa família da Idade da Pedra no
ano 1 a.G (Antes do Golden Axe), a trama do filme se desenrola devido a uma
maracutaia na empresa em que Fred e Barney trabalham, na qual o brucutu marido
da Vilma vira bode expiatório dum golpe milionário na pedreira. É o Banco
Panamericano fazendo história até na Idade da Pedra.
Avaliação Yabadabadu do Velho Noob: Os Flintstones são legais! Fala sério, manolo! Melhor que
os Jetsons e o bobalhão do George! Eles já renderam inúmeros games divertidos
para várias plataformas (como os games de aventura para NES e Game Boy, até o
jogo de tabuleiro The Treasure of Sierra Madrock para SNES, precursor do Mario
Party, é um jogo até que simpático!), e, depois do filme bacana que eles
tiveram no cinema, o game deveria ser muito bom, certo? (respiro fundo) You’re
Doing That Fuck Wrong! Entregaram a bagaça pra Ocean, softhouse famosa
por estragar todos os jogos que adapta, e deu no que deu. Controle um Fred
Flintstone devagar, pesadão e desengonçado, derrube seus inimigos com bolas de
boliche (?) e escale plataformas inacessíveis, que seu pulo de perereca
aleijada obesa nunca consegue alcançar.
Retire o cartucho do seu Super NES e bote uma pedra de crack
lá, que você ainda vai sair no lucro.
Curiosidades
Curiosas: o jogo dos Flintstones tem uma
série de recordes gravados (que você pode acessar pelo options), mas…O BENDITO
DO JOGO NÃO TEM BATERIA! ELE NÃO SALVA OS SEUS PONTOS! VOCÊ NÃO GRAVA SEU
SCORE! OS RECORDES DOS PRODUTORES JAMAIS SÃO BATIDOS! Que que é isso, Ocean? É
pra tirar com a nossa cara? Vocês querem fazer piada com nós, gamers dedicados,
que pagamos o salário dos seus programadores? Além disso, o game dos
Flintstones traz também a opção de configurar seus textos em vários idiomas.
Tem inglês britânico de operário bêbado, inglês americano do Texas, francês de
puteiro barato, espanhol de paraguaio sacoleiro e italiano de novela da Globo.
Porra, Ocean, não tem esperanto? SE NÃO TIVER ESPERANTO EU NÃO JOGO ESSA PORRA!
3. Dragon: The Bruce Lee Story (SNES
e Mega Drive - LJN Entertainment, empresa que é tão vagabunda que até o
arco-íris do logo deveria ser em preto e branco)
Chupinhado de qual filme: “Dragão - a história de Bruce Lee” (1993), cinebiografia do maior
astro pornô de Hong Kong de todos os tempos, pai do Brandon Lee, neto do Stan
Lee, cunhado do Tommy Lee, avô do Jet Li, amante da Chun-Li. Como estamos
falando duma cinebiografia, espere por partes emocionantes e chorosas…no filme,
porque, no game, você vai é chorar DE ÓDIO! Mas claro que é um filme do Bruce
Lee e você está pensando que vaio dar um EXCELENTE filme de ação, muita porrada
e gritinhos, certo? É tipo.. um jogo do Chuck Norris, caralho!
Avaliação Shaolin do Velho Noob: Dragon é um game de luta meio... digamos…diferente. Você só
poderá lutar com Bruce Lee (ou um clone seu de calça de cor diferente) e
enfrentará alguns inimigos sem nome e com carisma de personagem do Tibia ao
longo do storyline do jogo, que segue mais ou menos as passagens do filme.
Enfrente na primeira fase um marinheiro, depois um cozinheiro na segunda,
depois um marombeiro na terceira, um lutador de kung-fu na quarta…sem contar a
fase de bônus, num pilar daqueles de treinar golpes, no qual é impossível
marcar um mísero ponto, cortesia da LJN e sua preguiça na hora de conceber um
desafio. A impressão que temos é que alguém desenvolveu essa porra no Excel. É
um jogo onde tudo funciona maravilhosamente bem: você aperta o botão de soco e
Bruce rola pra trás do inimigo, o botão de chute te faz pular pelo cenário, a
defesa te faz deitar no chão, o contra-ataque faz o oponente te agarrar e jogar
longe, e assim por diante. Os únicos golpes que funcionam são o tapa na cara e
o pé no saco, os preferidos do computador. E com aquela velocidade de Variant
queimando óleo, típica dos jogos de Super Nintendo feitos nas coxas. Se essa
bostolância aqui está na TERCEIRA posição, prepare a dose de Whisky que daqui
pra baixo a coisa vai ficar afro-descendente.
Curiosidades
Curiosas: se o Bruce morrer numa das batalhas
(o que inevitavelmente vai ocorrer, graças à excelência dos comandos), vem um
espírito samurai pra lutar com você, quer dizer, para trucidá-lo impiedosamente
e roubar seu Continue, lembrando que o espertalhão da locadora te passou a
perna ao falar que aquele jogo de luta era tão bom quanto o Street Fighter. Lembre-se
de colocá-lo em suas orações essa noite.
2. Street Fighter: The Movie
(Arcades, 3DO, Saturn e PS1- Capcom…SIM, É ELA!)
Chupinhado de qual filme? “Street Fighter: The Movie”, de
1994, um dos melhores filmes da história do cinema…trash. Ou seja, espere por abominações, como um brasileiro chamado
Jimmy (o Blanka), Ryu e Ken golpistas, Sagat trafica, Zangief metrossexual,
Bison com cara de bêbado, Chun-Li repórter, E. Honda vestido de havaiano,
Balrog cinegrafista, Dee Jay nerd, Dhalsim farmacêutico e Guile com a cara do
Van Dame. Ainda quer ouvir a história? Parece que tem um país chamado Shadaloo,
um coronel tirano que você sabe muito bem quem é, uma equipe de militares
bem-intencionados querendo derrubar a ditadura. Só salva mesmo a Cammy vivida
pela Kylie Minogue. Mas ela salvaria qualquer coisa com aquele par de pernas,
então...
Avaliação PutzRevoltz do Velho Noob: peralá, deixa ver seu eu entendi: tinha o game Street
Fighter, daí fizeram um filme baseado no videogame, e depois lançaram o game
baseado num filme baseado no jogo? E ainda quiseram utilizar uma engine de
captura de movimentos e imagens como a do Mortal Kombat, usando os mesmos
atores do filme. O resultado? (*apontando
a arma pra cabeça*) Imagine um Street Fighter sem a gilete do Guile, o
helicóptero da Chun-Li, o pilão do Zangief, os membros elásticos do Dhalsim, o
tiger robocop do Sagat, os hadoukens, choriúkens e tréki-tréki-turukens… Se
ainda não entendeu o tamanho da odiosidade que é esse game, pense num Jurassic
Park 4 SEM DINOSSAUROS.
Curiosidades
Curiosas: Street Fighter: The Movie traz o
personagem mais apagado de toda a saga Street Fighter, que não retornou nem nos
Marvel vs Qualquer Coisa da vida: O capitão
Sawada! Sim, aquele japa que faz uma ponta de menos de 6o segundos no filme.
Pois é, o personagem mais carismático do game! Na falta de Akuma vai o Sawada
mesmo. Se a Capcom tivesse colocado a porra do Mega Man no lugar, ficaria mais
divertido.
And the Oscar goes to… O primeiro e único, escolhido por nossos
jurados escravizados da China que trabalham à 0,13 centavos a hora, com vocês,
o nosso primeiro lugar!
1. Back to the Future 3 (Mega Drive-
Arena, aquela produtora que merece ser jogada numa arena cheia de leões
famintos e zumbis da Umbrella no cio, depois fatiada pelo Ryu Hayabusa,
fuzilada pelo Dante, esganada pelo Snake, estuprada pelo Kratos, sodomizada
pela Bayonetta e o que sobrar tem que ser usado como matéria prima naquele
joguinho estúpido QUADRICULADO que é modinha agora)
Avaliação Emocionada Mimimi do Velho
Noob: meu caro leitor que gasta os dedos
todos os dias fuzilando terroristas no Call
of Duty. Cara leitora gostosa que... hmm... eu tenho leitoras gostosas? Tem
compromisso pra hoje? Curte um sexo selvagem à là God of War? Vem que eu te
mostro com quantas Rupees se faz uma Triforce, sua linda.
Mas voltando à cerne do problema: ESSE JOGO É MAIS IRRITANTE
QUE TECLADISTA DE CHURRASCARIA! Por que, afinal, um game é criado e ganha o
direito de ter um lugar ao sol do mundo gamístico? É só pelo lucro, só mercado
mesmo, capitalismo puro? Ou existe um lado artístico, autoral, que envolve toda
a criação duma boa história? Por que alguns games são criados e se tornam
estrondosos sucessos, e outros, a despeito de sua boa qualidade (como Okami,
Enslaved: Odyssey to the West, Xenogears, Xenosaga, Demon`s Souls e tantos
outros) caem no status de jogos “cult”? Certamente não dá pra se responder a
isso sem apelar pra matemática financeira.
Agora que a viagem na maionese passou, pense naqueles jogos
ruins. Isso mesmo, naquelas porcarias que ninguém alugava na locadora, que
sobravam em todos os sábados à tarde nas prateleiras, que ficavam encalhados
nos camelôs e shoppings de importabando, que nego evitava no fliperama. Aqueles
jogos que você para e pensa, “afinal, porque lançaram essa bosta, que ninguém
consegue jogar?”…
…e chegamos ao Back to the Future 3 do Mega Drive!!! Um jogo
que você com certeza não passou da primeira fase, aquela que o Dr. Brown corre
no cavalo, na qual é impossível controlá-lo, onde buracos no chão, toras de
madeira, balas perdidas, ravinas e até as BORBOLETAS te matam com uma pancada
só. Borbletas. Não estou brincando. Três vidas, sem nenhum Continue, password,
upgrade, modo de dificuldade, só um truque vagabundo para pular as fases…
…daí você se esforça pra entender qual é a do game, e passa
a primeira fase com um score ruim de dar dó. Mas você não desiste dessa miséria
humana porque tem esperança que em algum momento esse jogo fique legal, afinal,
é DE VOLTA PRO FUTURO, CACETE. Chega no segundo estágio e é tudo diferente: Agora,
você joga um tiro ao alvo de parques de diversões. Depois, com um placar ainda
pior, você passa para a próxima fase, e percebe que os estilos do jogo mudam
dum estágio pro outro, como se fossem vários minigames num cartucho só…agora,
copiando Sunset Riders, você está num beat’em up de plataformas com tiros,
tendo que caminhar pelos vagões de um trem em movimento da direita pra
esquerda…DIREITA PRA ESQUERDA? Seus cavalos com formação em linguagem de
programação arcaica, tem algo errado com esse scroll lateral, afinal, desde as
priscas eras de Pitfall, Wonder Boy e Super Mario, você ia na direção oposta… E
não havia a mais pífia necessidade de alguém ter a vagabunda da idéia de mudar
isso.
…e, a muito custo, fazendo uso de alguns cheats e orações
fortes, você chega à fase quatro, desta vez no meio de uma cidade do Velho
Oeste, de frente pra um saloon. Lembra
daquele episódio do Chapolim? Pois é.
Com uma perspectiva isométrica (do verbo “nós já vimos isso em Diablo”), você precisa
executar todos os bandidos atirando com seus revólveres e arremessando pratos.
Os comandos são ruins, lentos, imprecisos, a velocidade dos tiros é muito alta,
os inimigos são muito ágeis, a engine não ajuda. Mas você dá uma colher de chá,
afinal é muito fã do De Volta para o Futuro, tenta levar as dificuldades da
melhor maneira possível, e, quando viu, arduamente terminou a fase…uma animação
diferente, você tem a impressão de que zerou o jogo…
…E VOCÊ ZEROU MESMO! E NÃO TEM FINAL! SÃO SÓ QUATRO FASES
TIPO MINIGAMES, RUINS, DIFÍCEIS, MALFEITAS, CURTAS, QUE NÃO VALEM ABSOLUTAMENTE
NADA! SEU ESFORÇO FOI EM VÃO, SEU OTÁRIO! A EMPRESA FATUROU UMA GRANA BRINCANDO
COM SEU CORAÇÂO, ASSHOLE!
Daí você pensa que foi feito um investimento em tal jogo,
que gastaram uma bufunfa para fazê-lo ver o dia, que programadores qualificados
trabalharam em seu desenvolvimento, e que foi tudo autorizado e devidamente
licenciado pela Sega (ou seja, ela aceitou que tal estrumela figurasse na
biblioteca de títulos de seu Mega Drive), daí você respira fundo e brada com
toda a força dos seus pulmões…PUTA QUE PARIU!
Parece sacanagem. Parece que fizeram tudo isso apenas para
rir da nossa cara. Aí já é pilantragem! Como afinal uma tranqueira dessas quer
se fazer passar por um game? Como assim? Minha irmã de 5 anos conseguiria
fazer um game melhor rodar no Windows 95! Até um mico-sagui cego e sem cerébro
entregaria um game mais decente. Sinceramente, eu estou sentindo ódio só por
escrever essa resenha.
Curiosidades
Curiosas: Eu acho que ouvir Calipso enquanto
um negão me sodomiza é melhor que jogar essa bosta de adaptação de filme.
Sempre fui
fã de cinema e sempre fui fã de games! Mas desde que seja um game que não seja
baseado num filme, porque senão…já viu.
Essa merda nunca deu certo. Nem dará jamais. A não ser que seja uma adaptação
do filme da Bruna Surfistinha.
E Na próxima matéria,
não perca: AÇÃO, AVENTURA, TIROS DO PUNHO E SAPATOS LARGOS! ELE QUE É UMA
ABERRAÇÃO ANTINATURAL DA MECATRÔNICA: MEGAMAN!
Então seja um sujeito legal e deixe seu comentário aí embaixo.
O que achou? Já jogou esses jogos? Gostou? Não gostou? Faltou tempero? Faltou
umas asiáticas fazendo Pole Dance? Diz aê!