quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Gain Ground (Master System)


Pense num jogo divertido. É sério isso. Pense num jogo divertido. Se eu fosse definir Gain Ground em um gênero, eu diria se tratar do gênero "jogo foda que só existia antigamente porque hoje colocaram macacos para digitar linhas de comando", pois resume bem o que é o jogo. É um jogo fodasticamente divertido, onde você não consegue parar de atirar e tentar e tentar e tentar passar cada uma das fases. A história do game trata de guerreiros presos em uma simulação produzida pelo governo à fim de treinar soldados perfeitos, só que alguma coisa dá errado e diversos guerreiros de diversas épocas precisam se unir pra escaparem vivos dali. Sentido? Nenhum. Eu me importo? Não. Eu avalio o jogo por dois fatores: Os gráficos são agradáveis? e 2) EU me divirto com ele? - um jogo que atenda esses dois requisitos com certeza será jogado e jogado por mim, não importa a idade dele. Aqui no meu notebook, em meio a Fallouts e joguinhos modernosos, você irá encontrar toneladas de emuladores e praticamente TODOS os jogos (ROMS) que pude encontrar ao longo dos anos. Então todos os jogos da minha infância estão aqui, pela maravilha da tecnologia atual, ao alcance de um click. Isso inclui GAIN GROUND, que eu aluguei uma vez e gostei tanto que fui à capital (Belo Horizonte) comprar o cartucho, já que o dono da locadora não vendia nema poder de reza braba hawaiana. 
Pois chega de falatório e blablabla,  e voltando ao game, aquela história toda que contei ali à pouco sobre a putaria temporal bagunça no espaço tempo que dá o cenário do jogo, as coisas realmente ficam pretas afro-descendentes. Tudo isso em meio à explosões, andróides e tiros, muitos tiros. mas muitos tiros mesmo.

O jogo começa na graminha, tudo sussa, matando bichinhos frágeis, mas logo o bicho pega com um DEMONHO ENORME como chefe, logo na primeira fase.


Gain Ground, por muito tempo, foi o jogo que joguei muito, principalmente com um amigo meu. Embora não seja um game que agrade geral, ele me agradou enormemente. Aliás, talvez seja justamente por esse fator. E podem apostar: é um dos melhores multiplayers do Master System até hoje. No game começamos com poucos soldados, mas vamos encontrando mais conforme avançamos as fases. Existem muitos tipos deles, indo desde o básico homem das cavernas com uma lança, passando por soldados atiradores de elite, de granadas, velhos xamãs, ninjas e até um ciborgue armado com uma bazuca de tiros triplos! Porque bazucas normais estarão fora de moda no futuro.

O ninja é um dos melhores, assim como o "cara da metranca".
O jogo se extende por diversos labirintos, sendo um por fase e 10 fases por época (ou era). Sim, voce vai dar um rolê temporal dos bons aqui. Cada era corresponde à evolução tecnológica humana no que diz respeito à armamentos, então espere encontrar desde estátuas incas atirando sem parar (? essa aula de história eu faltei ?) até grandes fortes armados com robôs gigantes atirando lasers pra todo lado. A última etapa reúne o que existirá de mais moderno, como lasers que se levantam do chão (estilo a mansão dos X-Men), barreiras magnéticas, pisos giratórios, máquinas enormes e andróides, muitos andróides pra todo lado. Quer dizer, é tipo uma gincana do Faustão, só que mais filhadaputa. As barricadas vão ficando cada vez mais complexas, assim como os obstáculos nas fases. E à medida que voce tem acesso à guerreiros mais bem armados, o inimigo vai se tornando cada vez mais apelão.
Seja junto de um amigo ou sozinho, a missão é passar as fases. Existem duas formas pra isso: Ou chegando ao EXIT estampado na tela ou matando todos os inimigos do cenário. Mas cuidado: Se perder um guerreiro em combate, é possível salvá-lo levando seu símbolo que fica no chão até o EXIT. Se todos os inimigos forem mortos, a fase termina e diga adeus aos soldados não resgatados. Isso vale pra novas unidades que podem ser achadas também.

O jogo é divertido, tem músicas bacanas e um visual bem caprichado, mesmo pro Master System. No Mega Drive as coisas são maiores, com fases melhor desenhadas e que pedem uma estratégia maior também. A dificuldade na versão 16 bits também é superior, mas eu prefiro a versão charmosa do Master System. Questão de nostalgia. Não discuta comigo.
Gain Ground vale muito bem uma tarde bem jogada ao lado da esposa/namorada ou daquele velho amigo . É um jogo cooperativo, divertido e que faz  uma puta falta nos dias de hoje, que tem muito polígono e pouco cérebro.