quinta-feira, 7 de junho de 2012

Blackthorne é melhor que Diablo

Antes de mais nada, quero dizer que essa matéria vai ser longa, pois é um dossiê completo sobre esse game, inclusive com downloads disponíveis, então se você for um daqueles leitores que reclamaram da extensão quilométrica dos textos do blog, pode fazer um favor a si mesmo e voltar pro ORKUT. E também que esse é de longe dos meus games preferidos do SNES, então vá se preparando que eu fiz uma puta de uma pesquisa pra te apresentar o que você já sabia e o que não sabia sobre esse jogaço. 

ANTES DE DIABLO E WARCRAFT,  A BLIZZARD JÁ MANDAVA BEM.

Bem, acredito que perceberam a minha paixão pelos retrojogos. Resolvi chafurdar hoje no meu poço de velharias (que é um HD de ROMS, já que me falta grana pra ter fisicamente todos esses jogos clássicos) e me deparei com um ótimo game, o qual tive o prazer de jogar ainda nos anos 90 (é, eu tenho mais de 24 anos)! Acredito que gamer que é gamer de verdade sabe o que é dar uns “pipocos” com a Shotgun, seja no Resident ou antes dele. Preparem seus consoles, assoprem seus cartuchos (ou configurem seus emuladores) porque aqui no Velho Noob você vai experimentar a mais fodástica volta no tempo desde que McFly adentrou no DeLorian.
A maioria de vocês certamente conhece ou já ouviu falar na Blizzard. Nomes como Warcraft, The Lost Vikings, Diablo e Rock & Roll Racing te lembram alguma coisa?
Recentemente, ela parou o mundo com o lançamento de Diablo III. E eu honestamente acho que tinha pôneis felizes demais naquela bagaça colorida, mas convenhamos, o jogo ficou maravilhoso.
Reconhecida por seus inegavelmente ótimos títulos, em setembro de 1994 a produtora deu vida a um game muito legal que você, amigo retro-aventureiro deve se lembrar, e você novinho deveria dar uma espiada, caso ainda não o conheça. Na época, com o advento dos 32 Bits que começavam a mostrar suas garras pela mão sanguinária da Sony, qualquer jogo que saísse naquele momento era facilmente esquecido pelos mais desatentos ou, desprezada pelos afortunados de plantão que, já se preparavam para por as mãos em um Sega Saturn ou Playstation, que viriam poucos meses depois. A verdade é que foi justamente neste período que ótimos games foram lançados, tanto para Mega Drive quanto Super Nes. Sim, eles sairam enquanto você gastava seus rupees na
locadora.

No colégio, conheci um amigo que fazia parte do seleto grupo de pessoas que podia dar-se ao luxo de adquirir um novo console poucos meses após o seu lançamento. Eu não fazia parte desse grupo, como já contei: Meus consoles sempre estavam um passo atrás da evolução. Mas esse indivíduo vivia falando o tempo inteiro que logo faria a aquisição do seu 32 bits. Foi através das mãos deste grande amigo de jogatina (que na época já não jogava muito em seu Snes), que recebi emprestado o cartucho na versão americana. Mais tarde este cartucho passou a ser meu, pois gostei tanto do game que acabei ficando com ele. Acontecia com frequencia. Muitos cartuchos meus foram ganhar o uso capião nas mãos de outros moleques e cartuchos alheios misteriosamente ficavam na minha gaveta eternamente.

Como todos sabem, a realidade Gamer em nosso país não permitia (e ainda não permite) que todos tivessem acesso às novas tecnologias. A grande maioria dos jogadores daquela época ainda desbravavam (e muito) os nossos saudosos 8 e 16 Bits. E assim como aconteceu com outros ótimos games, este se tornou pouco conhecido para muitos.

Em parceria com a Interplay, o game foi lançado em alguns países da Europa com o nome de Blackhawk. Existe uma versão japonesa, publicado pela Kemco, com o mesmo nome da versão americana. Além da versão do Super Nintendo, o game conta com versões para MS-Dos, Mac, Sega 32X (Paradox Development) e Game Boy Advance (Mass Media). Não existem diferenças tão significativas entre as plataformas portanto, escrevi este review com o foco na versão do nosso querido Super Nintendo. De antemão, digo que a versão de Snes foi censurada no quesito ”sangue” (Nintendo, estuprando seus games desde 1987), algo que não ocorre no console da Sega.
No estilo Ação 2D-plataforma, poderíamos dizer que trata-se uma “mistura” de Prince of Persia com Flashback, outros dois ótimos games que certamente você já jogou ou ouviu falar. Só que em Blackthorne, não existem espadas ou pistola laser. A porra é mais séria. O clima é meio ciberpunk e o negócio é resolvido na bala mesmo! Claro, você ainda vai contar com alguns tipos de granada, algumas quase tele-guiadas e incendiárias para abrir caminho em sua jornada. Contudo, na maior parte do tempo, quem fala mais alto é a sua Shotgun. A belezura de munição infinita. Sempre quis uma shotgun de munição infinita? o sujeito aqui tem uma.

HISTÓRIA

Blackthorne tem uma história muito doida (como era a lei nos jogos antigos) e segue uma parada meio Mad Max. Acredito que, devido às limitações existentes em sua geração de consoles, alguns eventos tiveram de ser abreviados para que não fosse tão trabalhoso inseri-los no game. Por esta razão, vou resumir os relatos envolvendo o protagonista Kyle Vlaros . Quem tiver interesse em saber mais sobre os eventos que o levaram à prisão, bem como sua volta à Tuul, poderá obter informações lendo o manual do game que pode ser encontrado para download AQUI.

Há séculos atrás, existiu um mundo pacífico, chamado Tuul. Este mundo era habitado por uma única raça de pessoas que eram governadas por um grande sacerdote chamado Thoros, o nonagésimo nono na linha de sacerdotes.
Como diz a lenda, Thoros foi abençoado com “todo o conhecimento”. Assim, todas as decisões do reino tinham que partir dele. Esta sucessão de poder era passada de pai para filho e sempre para o filho mais velho. Claaaaaro que isso ia dar em merda. Thoros veio a ter filhos gêmeos, trazendo um grande dilema para si. Com o intuito de escolher o sucessor do trono, foram realizados vários testes de inteligência com os moleques, porém nenhum deles se mostrou superior ao outro. Thoros não sabia qual de seus dois filhos deveria herdar o trono. Então, o rei e os dois rapazes se aventuram pelo deserto – agora conhecido como Areias das Lamentações, para que ali fosse escolhido o novo sucessor. Três dias depois, os dois irmãos retornam à sua casa, trazendo com eles duas grandes pedras, uma clara e outra escura. Anunciaram que seu pai estava morto. O corpo de Thoros havia se transformado nessas duas grandes pedras, onde toda a sabedoria fora depositada. Os filhos fizeram as suas escolhas, ficando cada um com uma das pedras. Era a Pedra da Luz e a Pedra da Escuridão. Faz sentido pra você?
Pra mim, também não.
Mas o que rolou foi que daquele dia em diante, Tuul foi dividida em dois reinos distintos (tô chocado!). Alguns dos habitantes escolheram seguir o filho que carregava a Pedra da Luz. Estes foram para o norte do deserto, onde estabeleceram o reino que ficou conhecido como Androth. (Guarde esse nome, esses são os mocinhos, e como sempre, os bananas que precisam de ajuda).
Os demais seguiram o filho que carregavam a Pedra da Escuridão, partindo para o sul do deserto. Ali foi estabelecido outro reino, numa região chamada Ka’dra’suul. Ou seja, um local muito mais bacaninha, com altas orgias e pegação, putaria e violência. ou seja, tudo o que papai do céu não gosta.
Androth, a terra dos santinhos mocinhos politicamente corretos que não pisam na grama prosperou. O povo reverenciava sua pedra que foi colocada num pátio central, cercado por jardins de flora exótica que nasceram sobre pedras de energia vibrante. (okaaay... isso também não faz sentido)
O povo de Ka’dra’suul, preferiu enterrar sua pedra nas catacumbas abaixo de um grande castelo central. Porque? porque eles eram espertos, uai. Onde já se viu largar sua fonte de poder em praça pública??  Embora o povo de Ka’dra’suul tenha crescido em força e número, eles sofreram mutação física e psicológica. Por terem "desprezado" sua pedra, a pedra os amaldiçoou, transformando-os em uma raça de seres cruéis. Felizmente, os dois povos estavam divididos pelo grande deserto e não tinham contato um com o outro. Claro. Convenientemente.
Ambas as raças extraíam calor e energia de um leve metal chamado Xandralite. Bonito nome, han? Eventualmente, em Ka’dra’suul, este suprimento estava se esgotando, pois a Pedra da Escuridão estava retendo esta energia. Olha só, que coisa mais bacana.
Então, um jovem guerreiro de Ka’dra’suul, chamado Sarlac, começou a pregar contra Androth, disseminando a idéia de que seu povo não desfrutava da justa divisão dos suprimentos abençoados por Tuul. Assim, Sarlac logo chegou ao poder, governando em um grande castelo ao qual deu o nome de Shadow Keep. Liderando seu povo contra Androth, Sarlac então, partiu em direção ao norte. Porque no norte tinha o metal do poder e as pedrinhas mágicas da aleluia infinita. Ou algo assim.

Despreparados (obviamente) Androth foi rapidamente dominada (dããã) e o povo escravizado pela horda de Sarlac. Eles foram obrigados a trabalhar em suas próprias minas de Xandralite, sendo vigiados por guardas armados. Todo o suprimento extraído, era levado para Ka’dra’suul, onde eram usados para alimentar a Pedra da Escuridão. A mesma que amaldiçoou eles. Ou seja, só falta uma concepção imaculada e uma ressurreição pra tornar essa a história mais surreal do mundo.

Bem, dada essa situação rolando solta, os mocinhos escravizados e a coisa desandando, alguém teria de fazer alguma coisa não é mesmo? O então governante de Androth, rei Vlaros, sabendo do destino tenebroso de seu povo, trata de proteger a Kyle, seu filho. Auxiliado pelo mago Galadril, Vlaros envia Kyle à Terra levando consigo a pedra da Luz. A esperança de Galadril era que, no momento certo, Kyle pudesse voltar para destruir Sarlac e restaurar a paz em Androth.

WOW WOW WOW... WAIT !

Então o rei, percebendo que a chapa tava ficando quente, envia seu filho para a Terra (NOSSA TERRA), confiando que o moleque retornaria no futuro para resgatar seu povo e libertar seu reino das mãos extrativistas de Sarlac? Isso faz sentido pra você? Não era mais fácil simplesmente juntar uma turminha animada, fazer um discurso motivacional, dar uma metranca pra cada um e tocar o foda-se no castelo do tirano?

Desde sua chegada ao nosso planeta até então, passaram-se 20 anos. Enquanto esteve na Terra, Kyle Tornou-se um renomado capitão militar e mercenário, o que acabou culminado em sua prisão. Claro, por que tudo nessa história faz sentido.  Kyle vivia tendo visões e sonhos estranhos que mais tarde seriam esclarecidos. Estes sonhos o atormentavam e traziam a visão da destruição que o seu povo viria a sofrer, incluindo a morte de seu pai. Mas nosso herói não ficou preso por muito tempo. No momento em que saía da cela, para ser levado a julgamento, Kyle consegue fugir (detalhes no manual do game). Durante a fuga, Kyle mais uma vez começa a ter as visões estranhas de sempre, onde vozes o guiavam. Era um sinal de que seu destino já o preparava para a batalha com seu inimigo. É chegada a hora de retornar. Kyle então, quase sem forças, à beira de uma estrada, foi envolvido por uma luz e, numa espécie de abdução, Galadril o convoca de volta a Tuul, onde começa a sua luta em busca de Sarlac.

Meu cérebro está sangrando pelas narinas neste exato momento.

O JOGO

Vamos ao game. Isso que realmente importa no neste caso. Blackthorne traz elementos bem característicos do primeiro Prince of Persia. Aqueles que já estão familiarizados com o clássico game do príncipe “pés de sabão que escorrega feito banha pra todo lado”, não terão grandes dificuldades em controlar Kyle. Quem também jogou Flashback vai ter uma ótima noção de como se virar nesta aventura. O game mescla momentos intensos de tiroteio com saltos exigentes e precisos. Para você ter uma idéia, enquanto estiver de arma empunhe, você não poderá pular, correr ou entrar em portas, mas poderá se abaixar e rolar. Pressionando para cima no direcional, você se esquiva dos ataques inimigos. Sabe aquela esquiva do The King of Fighters? Igualzinha. Há também a possibilidade de atirar de costas para o oponente, o que é útil em determinados momentos da aventura. E a animação disso é cabulosa.


Já com a arma guardada, você pode pular para alcançar uma plataforma acima de você ou entrar numa porta (direcional para cima), fazer um salto curto para frente ou correr e pular para alcançar maiores distâncias. Kyle pode se pendurar e subir em plataformas e escadas, além de poder rolar. Se prapare que você vai cair um bocado nos buracos antes de adestrar o cérebro a guardar a arma sempre antes de pular.
Sua melhor amiga nesta empreitada será mesmo sua calibre 12. Não precisará se preocupar com sua munição pois ela é ilimitada. E viu deus que isso era bom. Mas existem alguns tipos de bombas e itens obrigatórios para prosseguir no game. Procure não desperdiçá-los ou você vai se ver em situações realmente ridículas.
De início, sua shotgun só poderá disparar um tiro por vez, enquanto as armas de seus inimigos já podem efetuar mais de um disparo seguidos desde o início (quer moleza, vai jogar Nintendo Wii). Conforme avança no game, receberá dos aliados armas turbinadas (agora sim!). Durante a troca de tiros, os inimigos podem disparar de forma aleatória. Fique atento para apoveitar os intervalos dos tiros e seja rápido quando for a sua vez de apertar o gatilho. Se chegar muito perto de algum deles, vai tomar bordoada. Caso isso ocorra, aproveite para revidar com um disparo, pois os inimigos costumam rir da sua cara quando te acertam. Outra coisa que a SNK roubou, mas deixa quieto. Se você for mestre na esquiva e não dormir no ponto, não terá grandes problemas e vai até brincar com os goblins, fazendo-os de besta. Só não abuse da sorte que já vimos que deus não gosta de trolls.


Mesmo que você prefira fugir mais e atirar menos, todos os inimigos são destrutíveis, incluindo os de carapaça de pedra, dos quais você também poderá se esquivar. Há aqueles porém, que só serão destruídos com o uso de bombas. Esses são os chatos que geralmente estão entre você e a porta que você quer chegar. Você começa com uma barra de energia curta, mas da mesma forma como ocorre com sua arma, receberá upgrades nela.
O clima do jogo é inteiramente sombrio e consegue nos transmitir a sensação de solidão e tristeza vivida pelos habitantes do local. haha. Essa foi boa. Mas é serio, o jogo é sinistrão mesmo. O game trás um ótimo som que, apesar de não possuir músicas vibrantes, ajuda a valorizar a experiência.

Blackthorne não é um game difícil, ele é apenas exigente. Quer dizer, exige cérebro. Se você não tem, fique longe desse game. A maior dificuldade que o jogador poderá enfrentar no início, certamente está relacionada aos movimentos do protagonista. Se você é novato por aqui, sugiro jogar o modo Pratice, antes de sair por aí dando uns tiros. Você vai precisar aprender todas as habilidades de nosso heroi, pois fará uso de todas elas. Senão, saca só a tela que te espera:

Mesmo que não tenha jogado games com jogabilidade semelhante à este, não vai precisar atirar seu controle contra a parede e, com apenas alguns minutos de jogo vai se sentir mais confiante. Se não aprender a jogar em 10 minutos, desista e vá jogar GTA. 
O game pode parecer difícil de início, mas apenas exigirá muito reflexo nos controles. Talvez você reclame de uma pequena lentidão de seu personagem, mas é perfeitamente adaptável e até faz sentido dentro da proposta do game. Uma vez dominadas as técnicas de Kyle, valerá a habilidade do jogador. Os continues são infinitos, mas se morrer, terá de recomeçar a fase, pois não existem checkpoints. Isso é tenso mesmo, eu sei.

ONDE COMEÇA?

De volta a seu planeta natal, Kyle, agora conhecido como Blackthorne, deverá percorrer um total de 17 fases (incluindo a última batalha), divididas em quatro áreas. Nosso herói começa sua jornada nas minas de Androth, passando pelas Florestas de Karrellian, o Deserto Wasteland e por último, Shadow Keep, que obviamente é onde Sarlac o aguarda para o confronto final. Aproveito para avisar que não será nada fácil derrotar o maldito. Chegue até ele e saberá do que estou falando. A chatice possui contrato de exclusividade com chefões finais.

As fases, de início curtas, tornam-se mais extensas e complexas à medida que avançamos no game. Apesar da jogabilidade linear, em determinadas partes, podemos ficar preso em um verdadeiro labirinto. E isso é chato, mas é o desafio do game. Os cenários vão se tornando maiores e mais desafiadores, onde algumas vezes será preciso passar pelo mesmo lugar mais de uma vez. Isso porque nem sempre temos o item ou chave necessários para abrir uma porta, acionar uma ponte ou alcançar um ponto mais alto do cenário. Caso acredite ter feito alguma besteira e não puder prosseguir, é possível pausar o game e escolher reiniciar a fase. Mas quando voce estiver avançado nas fases, certamente você vai pensar 4.567 vezes antes de fazer isso.
Você vai encontrar pelo caminho alguns humanos traidores. Sempre tem, esses bastardos. E eles vão te encher de chumbo assim que te virem. Eles se tornaram aliado de Sarlac, em troca da liberdade e assim escaparam do trabalho escravo nas minas. Não tenha dó. Eles não terão pena de você. Na maioria dos casos, terá de eliminá-los se quiser prosseguir. Em alguns momentos você será ajudado por alguns do seu povo. Se puder, aproveite para fugir enquanto seus aliados trocam tiros com os inimigos. Isso é filhadaputice, mas quem precisa ser certinho o tempo todo? Voce tem uma escopeta e vai libertar seu povo mesmo que não sobre nenhum conterrâneo seu vivo.
Apesar de você poder eliminar alguns pobres escravos (que maldade!), o ideal é libertá-los (quando possível) ou conversar com eles, pois alguns podem deixar-les itens ou informações úteis que o ajudarão a prosseguir. "Mesmo que eles falem coisas óbvias como: Nós somos escravos e vamos trabalhar até que alguém nos liberte!"  - além do que,  se eles são fortes, musculosos, cabelos sedosos e parecem todos um modelo da G Magazine, porque eles mesmos não chutam a bunda desses orcs malditos?

Como de praxe, com o direcional para baixo você coleta os itens pelo chão. Alguns inimigos podem deixar alguns deles. Com o botão Select você aciona o menu. Para alternar entre itens sem precisar abri-lo, use os botões L/R. Com o Y você usa o item selecionado. As Hover Bombs são explosivos (sério? achei que fossem cartuchos de mega drive) e servirão para destruir portas e inimigos. Podem ser delicadamente soltas pelo chão enquanto você estiver abaixado. Dessa forma elas percorrerão o solo e paredes até encontrar um alvo. Existe também um outro tipo de explosivo que pode ser controlado remotamente. Uma vez lançado, poderá ser guiado através do direcional e detonado ao pressionar o botão correspondente. Esse é bacana, gosto dele. Os outros itens consistem em bomba incendiária, chaves magnéticas e Keycards, além  de um levitador. Este último, como o nome sugere, serve para te ajudar a alcançar plataformas mais altas. Mas voce conseguiria descobrir isso sozinho.
Bem, você está disposto a enfrentar Sarlac? Não seja preguiçoso. Você precisa mandar bem até chegar ao malvado chefe final. Muitas vezes a saída ou áreas importantes podem estar escondidas. Procure explorar bem os cenários. Isso inclui ter de se jogar em algum maldito buraco ou se enfiar atrás das quedas d’águas. Só não se esqueça de olhar onde pisa e, aprenda a calcular a distância correta para realizar saltos precisos. Dayane dos Santos rules. Sarlac não usa armas e sim algumas magias (o que é melhor pra ele, claro!), além de ser auxiliado pelas duas estátuas acima de seu trono. Vencê-lo é questão de decoreba, mas tudo com muita habilidade, já que o vilão é mais rápido que você. Você vai perceber como atirar de costas pode ajudar muito nesta hora. Aproveite a boiada de continues ilimitados e não dê desculpas. Vença! Eu honestamente acho que matar as estátuas é mais dificil que matar o chefão, mas va benne.


TEM DIFERENÇA ENTRE AS VERSÕES OU POSSO JOGAR ESSA ROM DE SNES AQUI MESMO?

Vocês devem se lembrar que quando um game era portado do cartucho para CD ou console mais potente, sempre gerava em nós a expectativa de melhoria, nos fazendo imaginar como ficariam suas imagens e som neste novo console, não é mesmo? Pois bem, como dito anteriormente, o game foi portado também para o Sega 32X. Graficamente, Blackthorne NÃO é o melhor game de Snes, mas seu visual é suficiente para o propósito do jogo. Acreditem amigos, a versão 16 Bits chega a ser melhor que a do 32X em alguns aspectos e é a que mais se aproxima da versão MS-Dos, exceto pela censura (mostra menos ou nenhum sangue). Podemos também citar a movimentação e o design dos personagens que ficaram meio “Robocop” no console da SEGA. Tanto Kyle quanto os outros humanos ganharam músculos avantajados e quando anda, o protagonista parece estar marchando num desfile de 7 de setembro, fazendo um tremendo barulho com seus passos. E todo duro, que nem o Robocop do Master System. Jogue e depois nos diga o que achou.
O game no 32X herdou (com uma leve diferença) a barra de itens lateral fixa, presente também na versão PC/Mac. Visualmente falando, a diferença gráfica, existente na versão tunada do 32X é até considerável e os efeitos de luz estão visivelmente melhores, o que era o MÍNIMO que a molecada esperava. Mas arrisco dizer que de maneira geral, prefiro jogar a versão de Snes, justamente pela movimentação mais realista e jogabilidade mais fluida. Em compensação, esta versão foi abençoado com uma quinta área, chamada de Montanhas Nevadas, presente só mesmo no console da Sega. Apesar de curta, traz um visual legal (e um Easter Egg. Descubra!. )
Quanto ao som, como era de se esperar, é mais vivo no 32X, já que este, em conjunto com Mega Drive possuía um chip de som melhorado. Só que os produtores resolveram alterar alguns dos efeitos sonoros que não ficaram tão bom assim, em minha nada humilde opinião. Eu realmente acho que a melhor versão ainda é a da Super Nintendo, mas você pode experimentar TODAS, já que estamos na era feliz e saltitante dos emuladores, onde todo o imaginável é possível.

E quanto a versão para o portátil Game Boy Advance? Bem, não há muito o que falar. Trata-se de um port da versão de Snes, utilizando uma paleta de cores mais vivas (exageradamente forte), o que acabou deixando o game muito…como posso dizer… boiola? Viadinho? frutinha? Acredito que você vai preferir ficar com as outras plataformas justamente por essa mudança brusca e “desnecessária.”, que transformou um game denso e sombrio numa alegoria carnavalesca cheia de unicórnios rosados. Você sabe, mais ou menos como a Blizzard fez com o Diablo III.

CONCLUSÃO

Blackthorne é um game muito divertido que vale a pena ser jogado, em qualquer plataforma. É claro, não é um game que a geração Wii apreciaria, justamente pela sua maturidade e dificuldade. Além do fato de ser agradável e desafiador, este jogo me traz um sentimento nostálgico muito forte e que acredito fazer parte da vida de muitos aqui. Me faz lembrar com alegria dos anos 90 e de outros ótimos títulos que tive o prazer de jogar nesta época. Jogos estes que também serão lembrados aquí em outras oportunidades, assim como muitos já foram.
Este com certeza pode ser considerado um game desconhecido para muitos. Procurei passar o maior número de informações possíveis, sem causar qualquer spoiler. Se você é o retrogamer que gosta de um bom desafio, uma história mais madura e tem paciência, vai querer jogar Blackthorne. Se já o jogou, que tal relembrar os velhos tempos? Aproveite para conhecer também a versão do 32X e comentar no Retroplayers o que achou do jogo.

Você conseguirá baixar a rom em português aqui, então se divirta  >>>>  ROM  do  BLACKTHORNE para SNES

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