sexta-feira, 2 de março de 2012

JOGOS PODRES ... ou não? Um pacote RAR de games Nintendinho

Primeiro, esse post está acontecendo porque encontrei pra baixar um pacote com trocendos games obscuros de NINTENDINHO. Andaram reclamando que eu parei de falar de games antigos, então TÁ. Antes, bora explicar que o site passou por alguns aditivos, algumas novidades, mas continua sendo o mesmo velho calhorda de sempre. Ninguém precisa chorar! O nosso bom e velho poço de nostalgia continua. O que acontece na verdade é que temos muitos parceiros / colaboradores novos, e você ai, velho como eu, deve entender que quando falamos em passar horas jogando Rock'n'Roll Racing, eles acham que estamos falando de algum quiz retardado da MTV. 
Mas paciência. Eles são novos demais pra compreender a maravilha que foi toda uma era.
Vamos entrar no mês de março desse que pode ser o último ano de nossas vidas, mas voltando no tempo, no longínquo Março de 1988, um ano após o loiro alto aqui ter nascido,  temos um daqueles “crássicos” jogos baseados em filmes… este aqui é um mistério para mim. Pense bem e tente se lembrar, se você já jogou. Se não jogou, preste atenção e corre pra aquele site de sua preferência baixar os emuladores. Sabemos que jogos baseados em games são potencialmente uma merda de pombo caindo na sua cabeça. Não tem como, parece um karma, mas todo maldito game baseado em produtos de cinema ou TV tendem a ser uma grande porcaria. Se discorda, ou lembrou alguma adaptação boa que não consegui me lembrar aqui, chute minhas bolas nos comentários
Mas vamos nos ater ao tema aqui. Esse ano foi quando a Gradiente lançou o Phantom System aqui no Brasil (para quem não sabe, foi um famoso clone do NES), e a mídia retardada e oportunista especializada fez uma presepada danada em cima deste joguinho: Predator. ISSO MESMO, aquele do Arnoldão atirando no bicho de dreadlocks no meio da floresta, lembram do filme? Aquela da cena onde ele se camufla pintando o corpo todo com barro, tipo uma parmegiana alterofilista.
O mistério, para mim, é que o jogo é uma droga , embora o filme seja realmente bem bacaninha.  Para começar, logo na primeira tela do game, tem uma… pedra. E essa pedra meio que... que anda na direção do herói, e inclusive tira energia dele. Alguém já entendeu que diabos é aquela pedra? Nem tente recorrer ao filme, porque tem um monte de coisas esquisitas que você vai enfrentar aqui que não tem porra nenhuma bulhufas a ver com o filme. Eu sei que quando a gente vê as fotos parece um Contra da vida, e até poderia passar por algo divertido. Mas não se deixe enganar: A ação é mais irritante do que outra coisa.
A grande vilã, a temida pedra móvel assassina. Por pouco ela não ganhou destaque no nome do jogo. Quase 20 anos depois de jogar o game, odeio aquela paedra até hoje.

Topei também com um joguinho daquela famosa série de títulos estratégicos orientais que todo mundo retrô menciona para se fazer de cool, mas ninguém nunca jogou de verdade… Nobunaga’s Ambition.
Eu já tentei jogar um parecido nos tempos de PSX, Romance of the Three Kingdons MCXXII ou algo do tipo, mas nunca consegui progredir muito (leia-se: não progredi nada). Além da estratégia, Nobunaga’s tem em comum com Romance o fato de ser fortemente baseado na história medieval do Japão (update: Orakio burro, Romance trata da história da China), o que significa que você vai ver um monte de gente careca com uma única tira de cabelo e vários nomes impronunciáveis. Eu passo esse desperdício de bits para quem se interessa por coisas assim.

Dentre os jogos que andei garimpando naquele .RAR dos infernos (me peçam nos coments: Aos interessados eu compartilho numa boa), um que quase me empolgou foi Fighting Golf. Eu sei que jogo de golfe é meio sacal (procure um dicionário), mas esse tem um “fighting” no nome e é feito pela SNK, então mereceu o playgame!
Ok, podem brochar agora: Não tem porrada no jogo, é só um nome idiota mesmo. Mas quem quiser porrada vai encontrar em Golgo 13, um jogo meio esquisitão com um lance de espionagem no meio. Tentaram até fazer uma trama séria, com bandidos tentando incriminar um agente por um atentado ou coisa parecida. A ação em si é meio travadinha, mas tem tipo umas cutscenes, e a ação lateral alterna com segmentos de tiro, com mira na tela. É interessante, vale uma olhadinha.
Tem até um foguinho na abertura do Fighting Golf… que tapeação! Enquanto isso, Kojima devia ter orgasmos vendo a trama cheia de intrigas de Golgo 13
E o que pode ser pior do que Zelda II? Um clone malfeito do Zelda II! O fato do protagonista ser homem mas usar saias poderia tornar as coisas ao menos mais inusitadas, mas infelizmente o herói de Battle of Olympus é grego mesmo, então pode usar saia à vontade.
Eu não sei se o jogo é exatamente ruim, tenho que jogar mais para ver, mas pelas fotos abaixo vocês vão notar que é um clone de Zelda II em termos gráficos (embora a qualidade desses gráficos seja melhor). O problema é que… bom, imagine que você está jogando Zelda II, e você está em uma daquelas emocionantes cidades, tendo aquelas emocionantes conversas com os habitantes locais. E não vou avisar sobre estar sendo irônico, você deveria perceber isso sozinho. Só que a cidade é enorme, você anda várias telas e toda hora tem uma casinha para entrar, alguém pra conversar, e aí, suando e aos prantos, você cai da cama e acorda desse pesadelo. Alguém jogou mais a fundo e quer defender esse negócio nos comentários? Eu achei o game tão babaca que chega a cheirar mal.
Eu era viciadíssimo no Double Dragon de Master System, e embora amasse loucamente o Double Dragon II de NES, nunca tinha jogado a versão do primeiro jogo para o console da Nintendo. Felizmente o joguinho é muito divertido, eu achei bom pra caramba. Pena que o modo de dois jogadores simultâneos não entrou nesta versão, o que faz da versão de Master instantaneamente superior, a não ser que você não tenha nenhum amigo. Se for o seu caso, deixa um coment que eu tenho o telefone de uma ótima prostituta psicóloga.
Outra “pérola”: Dr. Jekyll and Mr. Hyde. De dia você segue com um personagem fracote em fases nas quais a tela se move para a direita. Aí fica de noite, você vira a versão Berserk da Cássia Eller e a tela começa a andar … para a esquerda? WTF? Diacho, como alguém vai conseguir chegar ao fim desse jogo? 

Para não dizerem que hoje eu só malhei o NES, deixo vocês com a impressionante abertura de Freedom Force, da Sunsoft.
Sério, coisa fina, o negócio tem estilo, confiram aí: Uma animação feita com todo o estilo 8 bits, e lançada num game da época, imagine só. Eu morria ao ver isso. O que hoje é normal nos games, o trabalho cinematográfico, antes era coisa de muita criatividade. Confere aê, manolo. Depois me diz o que achou.


 
                                            O jogo é de tiro, e até que é bem bacana também. Jogou?

LEAVE YOUR COMENT!