segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Super Mario Bros- O Filme (que meda!)

SALVE SALVE leitores! Então esse é meu primeiro post de 2012 e eu quero parabenizar a toda a equipe do Velho Noob que conseguiu fazer esse projeto de site UPAR MILHÕES em todas as mídias possíveis! Graças ao esforço dos envolvidos (colaboradores e leitores), o site adquiriu uma respeitável visibilidade em apenas um mês de vida! Ainda nos falta muito o que aprender e crescer, falta-nos ainda alguns ajustes! Mas nenhum gamer ou nerd desse mundão há de ficar sem informação e diversão com esse pequeno e fétido tubo de elétrons aqui! Nas internets da vida o VELHO NOOB está alçando seus vôos nostálgicos! Agradecemos também aos parceiros, que confiaram no potencial do blog, mesmo com seu pouco tempo de atividade! E cada voto de confiança será recompensado! Abraços a todos nesse começo de ano e que nossas vidas sejam de sucesso neste que pode ser o último ano de nossas vidas! HAAhaha
Para esse ano que passou, acho que o mundo viu muita merda rolar na internet  muita coisa estranha acontecer online, mas pelo menos em 2011 foi o ano que marcou a estréia do afamado e nosso idolatrado Velho Noob - um blog de veêmencias tão pífias que faz nossa equipe tremilidar de rubores! 
MAS NADA, NADA NESSE MUNDO VELHO E ENCARDIDO SUPERA A VERGONHA QUE É encarar os mais de 90 minutos desse filme TOSCO, MALDITO e MONTOEIRA DE MERDA que é o estupendamente mal fadado

Super Mario Bros- O Filme!!! 

Eu sou um amante da Sétima Arte e uma de minhas metas nessa vida (se a porcaria do mundo não acabar em dezembro desse ano) é um dia levar meus textos ao cinema, e minha direção às telonas! Mas convenhamos, amigos, que o Cinema não é lá muito generoso com nossos amados jogos de vídeo game. Vide essa pérola insossa e mal preparada que vamos resenhar aqui em detalhes mórbidos.

CINEMA, ahhh, o Cinema! Aquele local esdrúxulo formado por um auditório enorme cheio de poltronas, com uma bombonière mal esculpida, um balcão de pipocas com 14 variações de tamanhos e preços, mas nenhuma deles compatível com seu orçamento uma telona gigante que passa os próximos “sucessos” do Corujão e do Cinema em Casa daqui a alguns anos e uma cambada de moleques barulhentos. Aliás, você conhece a piada do casalzinho de namorados que foi no cinema assistir uma comédia? Não? POBRE MORTAL! Azar o seu!
No cinema, como não poderia deixar de ser, alguns morféticos infelizes diretores visionários que passavam a tarde na base de muito filme do Glauber Rocha tomando energético com limão galego tiveram a belíssima ideia de adaptar alguns clássicos do videogame para as telonas, com a intenção oportunista de pegar um personagem conhecido, tascar uns atores canastrões, uns cenários de isopor e papelão e PIMBA!, encher os bolsos de bufunfa, ficando mais ricos do que prefeito do SimCity depois de fazer debug no DOS - voce não sabe do que estou falando, eu sei que sou velho.
Com isso, nasceram grandes tranqueiras como Street Fighter: The Movie (com um jogo homônimo que é mais tranqueira ainda), Mortal Kombat (pelo menos a Kitana é gostosinha!), Double Dragon (não presta nem pra puxar um ronco durante o Intercine) e Sexo, Suor e Samba (estrelando Alexandre Frota!). E, é claro, o filme do Super Mario, estrelando Mario e Mario Verde!
Por isso, querendo diversificar seu público (HAHAHAHAHAHAHAHA!), acreditando no potencial desse veículo como emissor de verdades ocultas e opiniões canastronas, o Velho Noob hoje vai resenhar esse filme que nunca ninguém viu, quem viu não curtiu e de audiência praticamente nula. Fala sério, você nunca soube que tinham feito um filme dos irmãos Mario e achava que o que os caras comentavam era só papo de locadora?
Pois bem, esteja avisado: Em algum canto perdido entre 1992 e 1993, enquanto o mundo via a favela de Vigário Geral ser massacrada pela polícia aqui no Brasil, dois diretores desconhecidos chamados Annabel Jankel  (wtf??) e Rocky Morton tiveram a belíssima ideia de fazer um filme a quatro mãos estrelado pelo assalariado mais querido da Nintendo e por seu irmão-clone vestido de verde e eterno escada.  Além desses dois, uma outra dupla de figuras dirigiu a estrumela película, dois realizadores chamados Roland Joffé e Dean Semler. Não conhece? Ora pois, esses dois foram a dupla sertaneja de maior sucesso em Burkina Fasso!
Pois bem, essa turminha muito louca resolveu aprontar as maiores confusões e deu no que deu: Super Mario Bros.- O Filme é tão tosco que o filme está literalmente embolorado não só no VHS, mas no DVD, no blu-ray, no Super 8, no Betamax e até
naquele torrent bichado que você encontrou em algum servidor da Chechênia. Sério mesmo, o que esse filme tem mais é bolor e cogumelos, não necessariamente alucinógenos.

Sério mesmo que voce não conhece a piadinha do casal que foi namorar no cinema? 

Pois bem, vamos lá com o arremedo de sinopse: Os irmãos Mario Mario (Bob Hoskins, como um perfeito italiano polenteiro!) e Luigi Mario (John Leguizamo, que voce conheceu como o Violador de Spawn e o Pestario Vargas de O Peste, o imigrante ilegal de Miami mais querido de Hollywood!) são dois encanadores do Brooklyn que vivem com problemas financeiros, tais como dívidas, hipotecas, carnês atrasados, aluguéis que o Seu Barriga vem cobrar, conta de água, conta de luz, conta da PSN Plus atrasada, Tele-Sena sem resgatar…enfim, só faltava uma camisa da Seleção para serem perfeitos brasileiros. E QUEM FOI O MALEDETTO QUE BATIZOU O MARIO VERDE DE LUIGI, POMBAS! Mal o filme começa e os roteiristas já fazem cagada! CÁSPITA! E quem diabos escalou um LATINO dos mais salsa e merengue possível para fazer o irmão do encanador italiano? 
Vá benne.
Acontece que, num serviço que os dois encanadores vão fazer, numa tubulação danificada durante uma escavação arqueológica, eles conhecem a boazuda simpática paleontóloga Daisy (Samantha Mathis). Daí pro Luigi, digo, Mario Verde se apaixonar pelo pitéuzim é um pulo! Virgem que só um jogardor de Starcraft, Luigi/Mario Verde precisa dum empurrãozinho do Mario mais velho pra marcar um encontro com a moça. Assim, numa cantina italiana, acompanhada do mano e de sua namorada Daniella (Dana Kaminski), Mário Verde e o latino magrelo descobre a triste origem de Daisy: Órfã, foi criada num convento de freiras anarco-sindicalistas, depois que uma figura misteriosa entregou um ovo de avestruz para as raparigas. Daisy nasceu de um ovo, e daí dá para se ter uma ideia da vida tranquila e pudica que sua mãe levava no mundo dos cogumelos…
Você ouviu  leu direitinho. A guria veio de São Tomé das Letras do mundo dos cogumelos. Coerência com a história do game? Nenhuma. Sem mencionar que no original, a princesa Dayse/Peach é a garota do Mário, não do Luigi. as tranqueiras não param por ai e no final dessa matéria você vai querer que Baphomet arranque suas vísceras com alicate de unha antes de assistir a esse mega clássico da vergonha alheia.
Disposto a salvar sua esperança de perder a virgindade, Luigi mergulha na rocha pastosa (??) e vai parar em outro mundo. Para dar um jeito no caçulinha espevitado, Mário vai atrás e entra pelo cano. Mas não num cano verde…
E assim começa a aventura…com os espectadores bocejando!

O fantástico mundo de Koopa!


Os dois encanadores vão parar numa cidade completamente caótica, com um trânsito maluco (com direito a carrinhos elétricos de tromba-tromba), gente saindo pelo ladrão, fungos melequentos pendurados por toda parte, lixo espalhado, sujeira, violência, prédios caindo aos pedaços, policiais corruptos, botequins infectos e um povo estressado e briguento. Caramba, o túnel dimensional levou os irmãos Mario pra algum país das maravilhas, cujo nome começa com Bra e termina com Zil? Que nada, trata-se de um mundo paralelo, dominado pelo cruel Rei Koopa (Dennis Hopper, afundando a carreira de vez e esquecendo de convidar pro velório!), que, por incrível que pareça, espalha vários cartazes pela cidade se candidatando a presidente. SANTA CONFUSÃO POLÍTICA, BÁTIMA! 
O país dos cogumelos, digo, da micose alastrada é uma monarquia ou uma república? Cientistas políticos consultados pelo Velho Noob (aqueles caras que só querem saber de jogar Age of Empires, ali, do lado da máquina do Golde Axe, QUE NÃO É JOGO DO HE-MAN COISA NENHUMA, SACRIPANTAS!) são unânimes: Koopa privatizou por completo o seu mundo, ou seja, jogou-o na privada sem dar descarga e sem usar Pato Purific!  Então, a fim de perder o cabaço e ter uma glamourosa noite romântica com direito a Kenny G e chocolates Lacta, Luigi fica a sós com a moça nos esgotos, na escavação arqueológica, até que eles encontram um meteoro no fundo da caverna. Então ela é sequestrada por Iggy e Spike (Fisher Stevens e Richard Edson), dois espiões esquisitos e trapalhões (mas sem o Zacarias!), com um jeito curioso de comer cachorro-quente, e obrigada a atravessar um PORTAL DIMENSIONAL! Eis que então, Mario e Mario Verde, perdão, Luigi, começam suas andanças por esse aprazível mundinho cheio de mofo, de dinossauros do tamanho de lagartixa brigando no meio da rua e de simpáticas damas que levam seus ovos para passear de carrinho (pense nisso como uma metáfora filosófica. DEVE HAVER RAZÃO). No meio da confusão, topam com o músico Toad (Mojo Nixon, com um nome desses dá pra perceber que o cara não conseguia papel nem de figurante no Mundo da Lua!), chamado erroneamente de “Sapo” na versão brasileira Herbert Richers, um violeiro que canta músicas de protesto contra o governo de Koopa. Uma homenagem malfeita ao moleque-cogumelo mala-sem-alça, daquelas homenagens que dá até vergonha de lembrar.
Pois bem, como o governo de Koopa é autoritário, não gosta da liberdade de expressão e ainda por cima é mais bonzinho do que fascista quando acorda de mau humor, o músico Toad e os dois encanadores são presos pelos meganhas, levados pra delegacia e, depois de serem dedetizados (why?!), vão para uma prisão que mais parece um galinheiro.
É quando enfim aparece Koopa e seu penteado ridículo com gel de dois reais, acompanhado de sua amante Lena (Fiona Shaw, coroa enxuta!). E temos uma bela introdução ao universo de Super-Mario The Movie: aquela terra paralela na verdade foi um mundo que surgiu após o meteoro que causou a destruição dos dinossauros detonar com nosso planeta, dividindo-o em dois universos. Sim, o meteoro da paixão ali dividiu o MUNDO em dois UNIVERSOS. A física, nossa amiga, que se dane. É roliúdi. No nosso mundo, é só alegria, mamíferos pluricelulares, twitter, muitos recursos naturais e tudo; Já no de Koopa, ao contrário, o mundo onde os dinossauros sobreviveram, é tudo sujo, cheio de fungos e bactérias e dominado por um deserto infindável. A higiene do lugar deixaria o Dráuzio Varella careca (oh, wait...)  Pra variar, com aquele jeito Blade Runner de ser, no mundo paralelo, nunca faz sol, a cidade futurista está sempre de noite, ao contrário do deserto, que faz um sol de rachar mamona. Um mundo bipolar.
E onde nossa querida Daisy entra nesse imbróglio? Bem, a moça que foi abandonada no convento tem um amuleto que na verdade é um fragmento do meteoro que matou a família dinossauro, a chave para abrir um portal dimensional para fundir os dois planetas. E Koopa, danadinho, com aquele seu jeito de Shao Kahn de fim de feira, quer é juntar tudo num liquidificador pra fazer uma salada! Para piorar um pouco a situação, Daisy é uma princesa (UAU, EU ESCUTEI A AGULHA CAINDO DO OUTRO LADO DA SALA!!!), filha do rei destronado que foi transformado por Koopa em cérebro de funkeiro um monte de fungo melequento, usando a sua fantástica MÁQUINA DE REGRESSÃO, engenhoca tão eficiente quanto uma câmera TecPix piratona. Essa máquina regride o homo sapiens ao estado evolutivo primário, um dinossauro. (voce achou que eu ia fazer outra piada de funkeiro, né?)
É com essa máquina de regressão que Koopa transforma os dissidentes de seu governo em répteis burros de cabeça pequena (voce leu funkeiros), os Goombas, regredindo-os ao estado de dinossauros de baixo orçamento. Os Goombas são a tropa de elite (PEDE PRA SAIR!!!) de Koopa, ou seja, tá explicado porque seu governo não vai pra frente. Pior que esse exército de anencéfalos só a madrugada do Facebook…
Ah, é claro, esqueci de avisar, mas na mitologia do filme, os habitantes da dimensão dos cogumelos evoluíram de DINOSSAUROS como velociraptor e tiranossauro. Peraí, se todo mundo é réptil e os bebês nascem de ovos expelidos das cloacas das mães, POR QUE DIABOS AS MULHERES TÊM PEITOS? Que o diga a Big Bertha (Francesca Roberts, que, se não render uns dez litros de leite, eu chuto o balde!), a Lena e até a diliça da Daisy! Qual a razão metafísica disso?
Essa parte eu vou cordialmente não me dar ao trabalho de criticar. Enfim, porque eu gostei.
Depois de fugirem da cadeia numa fuga mequetrefe de sessão da tarde, com a ajuda dos regenerados Iggy e Spike (que não prestam nem pra elenco de apoio do Smash Bros.), Mario e Mario-de-macacão-verde precisam recuperar o amuleto com o pedaço de meteoro e invadir a torre xexelenta de Koopa para vencerem as forças do mal. Com direito a cogumelos que servem de escudo, robozinhos bombas do tamanho de surpresinhas do Kinder Ovo e muita, mas muita canastrice e (d)efeitos especiais de primeiríssima linha. 

Super Mario Bros.- O Filme é ruim de dar dó. Pior que ele só aquelas novelinhas evangélicas das madrugadas da Rede Família. Também, foi uma empreitada um pouco suicida dos produtores tentar transpor para o cinema, com uma estética de ficção científica, o mundo lisérgico fantasioso de Super Mario, ainda mais com um orçamento de fome como o que esse filme recebeu. O pior ainda foi o elenco escalado: Tirando Bob Hoskins, que é um bom ator (conhecido principalmente por participações em Uma Cilada Para Roger Rabbit e Hook- A Volta do Capitão Gancho), Dennis Hopper está ruim como nunca e John Leguizamo confirma ainda mais sua vocação para humoristas secundário no Zorra Total. Isso sem contar os outros anônimos que arriscam um papel ou outro.
Os efeitos especiais são também muito irregulares (tipo como se a grana tivesse acabado durante a produção): a caracterização da cidade caótica é chupinhada do Blade Runner, mas ainda é boa, e o Yoshi criado por computação gráfica (sim! Temos o Yoshi nessa película!) até que é convincente. Porém, as cenas do salto dimensional de Mario fariam até os técnicos do Mutantes da Record ficarem com vergonha. Isso para não se falar da batalha final contra Koopa, pois SPOILER!!!! a sua transformação em tiranossauro é um primor de uso do paint.
Quem rouba a cena, ainda, é Hopper. Com frases incrivelmente criativas, dignas dum Stallone Cobra (“sabe porque eu adoro a lama? Porque suja e limpa ao mesmo tempo!”, “O Koopa? Ele é o filho duma cobra, um desprezível!”), o ator colabora para mostrar que sua carreira era verdadeiramente um troço sem destino, mas que a partir dali seria lembrada pra sempre como um amontoado de lixo radiativo de alguma poça em New Vegas.
Com algumas raras cenas legais (como a da bombinha-robô escalando o fungo, da fuga dos Marios num carro de polícia e dos saltos incríveis com as botas antigravidade, além dos telefones que usam um revólver como cursor), Super Mario Bros. só não é uma tragédia maior porque é o perfeito filme de Sessão da Tarde. Pra assistir naquele dia em que você tá de molho no sofá, espirrando de gripe, com uma tigela de fandangos sabor chulé e um jarrão de suco de laranja com beterraba que a sua mãe fez e te obriga a beber três litros antes do Vale a Pena Ver De Novo, pensando em piadinhas escrotas.

Aliás, você conhece a piada do casal de namorados que foi namorar no cinema?



COMO, ao contrário dos estúdios de cinema, EU ME IMPORTO COM SUA OPINIÂO, deixe seu comentário aqui embaixo. Seja honesto, como mamãe ensinou.